Poucos viram quando o homem atravessou os portais da cidade, caminhando a passo lento, sob o forte sol do meio dia. Suas vestes eram farrapos imundos. Seis cachorros magros, vira-latas, de tamanhos e cores variadas, o escoltavam. Seus cabelos eram negros, encaracolados, sujos e oleosos, e ostentava na face um longo cavanhaque estreito, e finos bigodes ponte agudos; tudo aparentando sujeira antiga, coisa grossa. No lombo ia um saco de estopa, tão encardido quanto o transportador. Os pés arrastando umas sandálias de couro; ressecadas, rotas, tudo impregnado por uma espessa camada de barro, resultante de poeira e suor misturados. Passo a passo, sem nenhuma pressa, nem aparente cansaço, mas com o olhar fixo na linha horizontal (nem acima, nem abaixo desta linha), seguia adentrando a cidade. Atravessou os portais e desceu a longa avenida que conduzia para o interior do pacato local; ganhando ruas, ia sempre em frente, como se soubesse exatamente qual o local a que queria chegar. Apenas um c...