SÓ PROSA #01 (PRA TALVEZ VOLTAR)
E fez 5 anos sem uma única
atualização de meu blog. Blogs são como plantas, que uma vez sem cuidados,
param de dar frutos, murcham, secam e morrem, ou não, a maioria sim. Mas ainda
acredito que muitos blogs serão encontrados pelos literatos do futuro e
esmiuçados e aproveitados por suas singularidades em suas capacidades de
relatar os tempos e as visões.
É tanta informação e tantas
mídias e tantas redes sociais e tantas notícias... O mundo vai em turbilhão e
aos rodopios, de surriada. É impossível acompanhar tanta evolução ao passo de
todos os fatos e acontecimentos seculares.
Aconteceu algo que eu há algum
tempo já suspeitava que aconteceria: a vida em self-service. Cada qual busca a
informação que quer, o assunto, o entretenimento, a opinião, o programa e a
programação, o filme, a música, o clipe e as pessoas, a visão de vida e de
planeta. Mas pensando um pouco mais e melhor, será que não foi sempre assim?
Não sei se e nem como o meu blog
eventualmente será visto em outros tempos, mas creio que certamente postei
coisas engraçadas e interessantes nele e até algum retrato de vida.
E o que fez com que eu parasse de
escrever foi a própria vida, que me chamou para um outro projeto, o qual chamei
de Projeto Equilíbrio e assim tenho vivido.
Aí vieram tantas coisas que tenho
o registro e preferi não publicar que já nem sei direito a conta das crônicas e
contos ocorridos. Porém tamanho foi o meu silêncio que começaram a me dar vozes
que não são minhas e atribuir frases ao meu nome que jamais disse ou escrevi.
Não vejo a vida como um mar de
rosas sob um céu de estrelas e nem como um mar de ambição sob um céu de
intrigas. Quem quer ser mesquinho que se amesquinhe, quem quer ser poesia que
se versifique. Creio que uma existência seja algo muito breve para nos atermos
somente às misérias da alma. Velei-me, meu bom Deus! O cosmo é mais!!!
Durante uma pandemia, tudo é
muito incerto, controverso e sombrio. E é sob esse signo que voltar eu decido.
Eis-me aqui, querido blog e queridos amigos! O rei está nu novamente e este
modesto escriba de volta à escrita.
Sócrates disse e certamente diria
novamente: “mais difícil que evitar a morte é evitar o mal, porque ele corre
mais depressa que a morte”.
A arte imita a vida, a vida imita
a arte, a arte não mata a fome, mas uma fome morta não é o suficiente para
alimentar uma vida viva. (JefhCardoso)
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