Confesso que de início não dediquei à Valentina a devida atenção. Em parte por uma grande turbulência pela qual passava minha vida naquele momento e em outra parte por não ter o hábito de dar atenção às flores em momento algum. Mas eu quis levá-la para casa no mesmo dia em que a recebi, porém só não levei Valentina e a colei em minha goiabeira naquela mesma tarde por uma questão logística. Estava de carro, o carro estacionado ao sol estaria quente como uma fornalha; e a flor não resistiria acompanhar-me enquanto percorresse algumas distâncias dentro da cidade e realizasse ainda três atendimentos. O jeito foi deixar a planta sobre minha mesa e cuidar de tudo que era muito mais urgente na ocasião. Deixei-a e parti.
Ela até que ficou bem. Cheguei no dia seguinte e ela estava lá. Parada. No mesmo lugar em que a deixei. As pessoas elogiavam a beleza de Valentina. A bem da verdade, não houve quem ficasse indiferente ao seu encanto. Alguns disseram que a queriam levar embora. Eu apenas sorri. O que dizer? Alguém vem e diz que levará um presente seu embora. Isso não faz muito sentido. Melhor rir e fingir que foi apenas por brincadeira desprovida de cobiça que disseram. Mas não pense que me enganam esses que desejam flores alheias. Bastaria um leve aceno desdenhoso meu quanto ao caso para que num sobressalto tomassem posse de minha linda Valentina e a levassem sabe Deus lá pra onde.
Diziam o que diziam e Valentina permanecia impassível. Fingia não ouvir ou fingia não notar. É bela e nobre demais para reagir a gracejos. Contudo, não demorou até que surgisse pessoa mais entusiasmada e afoita para com a bela e lhe dedicasse algo mais que um simples elogio. Senti a mordidela do ciúme na manhã do dia em que, ao chegar em minha sala Valentina lá não estava. Tomei um leve susto que me abriu os olhos. Onde estaria minha flor?
Saí pelo corredor para ver o que é que se passava afinal de contas. Percorri todas as salas vizinhas e as imediações indagando por ela. Perguntava por Valentina e ninguém sabia responder. Ninguém havia visto para onde ela havia ido. Como isso seria possível? Flores não andam, ao menos eu acho. De súbito, tive a idéia de sair no terraço dos fundos da empresa. Foi quando encontrei, postada a um canto esquecido, à beira da porta de vidro, minha pequena menina.
Naquele exato momento desconfiei de Sandra Rosa. E logo depois tive a confirmação de que foi mesmo Sandra Rosa, a moça da limpeza quem havia levado minha Valentina para tomar sol e ar. Logo mais, como quem queria nada, ela confessou tudo. Disse também que havia dado de beber à planta. Sei... Sei muito bem da verdade dessas ações samaritanas. Embora Sandra Rosa seja pessoa simpática e agradável, eu é que não confio em suas verdadeiras intenções para com minha Valentina...
Ela até que ficou bem. Cheguei no dia seguinte e ela estava lá. Parada. No mesmo lugar em que a deixei. As pessoas elogiavam a beleza de Valentina. A bem da verdade, não houve quem ficasse indiferente ao seu encanto. Alguns disseram que a queriam levar embora. Eu apenas sorri. O que dizer? Alguém vem e diz que levará um presente seu embora. Isso não faz muito sentido. Melhor rir e fingir que foi apenas por brincadeira desprovida de cobiça que disseram. Mas não pense que me enganam esses que desejam flores alheias. Bastaria um leve aceno desdenhoso meu quanto ao caso para que num sobressalto tomassem posse de minha linda Valentina e a levassem sabe Deus lá pra onde.
Diziam o que diziam e Valentina permanecia impassível. Fingia não ouvir ou fingia não notar. É bela e nobre demais para reagir a gracejos. Contudo, não demorou até que surgisse pessoa mais entusiasmada e afoita para com a bela e lhe dedicasse algo mais que um simples elogio. Senti a mordidela do ciúme na manhã do dia em que, ao chegar em minha sala Valentina lá não estava. Tomei um leve susto que me abriu os olhos. Onde estaria minha flor?
Saí pelo corredor para ver o que é que se passava afinal de contas. Percorri todas as salas vizinhas e as imediações indagando por ela. Perguntava por Valentina e ninguém sabia responder. Ninguém havia visto para onde ela havia ido. Como isso seria possível? Flores não andam, ao menos eu acho. De súbito, tive a idéia de sair no terraço dos fundos da empresa. Foi quando encontrei, postada a um canto esquecido, à beira da porta de vidro, minha pequena menina.
Naquele exato momento desconfiei de Sandra Rosa. E logo depois tive a confirmação de que foi mesmo Sandra Rosa, a moça da limpeza quem havia levado minha Valentina para tomar sol e ar. Logo mais, como quem queria nada, ela confessou tudo. Disse também que havia dado de beber à planta. Sei... Sei muito bem da verdade dessas ações samaritanas. Embora Sandra Rosa seja pessoa simpática e agradável, eu é que não confio em suas verdadeiras intenções para com minha Valentina...
Muito bom texto Jefeson Cardoso! Estou seguindo seu blog, e sempre que der darei uma passada por aqui, para ler seus escritos com todo carinho. Agradeço também sua visita lá no meu cantinho. Seja sempre bem vindo. Deus te abençoe!
ResponderExcluirOps! Jeferson*
ResponderExcluirSou eu quem lhe agradece, Luíza. E seja sempre bem vinda. Amém. Beijo!
ExcluirAs flores são muito vaidosas e voluntariosas. Dedique à sua Valentina o carinho que ela merece, ou ela nunca mais florescerá! Ótima crônica, boa tarde!
ResponderExcluirFarei o meu possível, Ana. Obrigado pelo carinho. Beijo! Boa noite!
ExcluirOlá Jeff!
ResponderExcluirAgora que li a parte #2 do conto sobre a Valentina, devo dizer que ela é desse mundo sim. Ela só é um vegetal... e fica lá plantada, mas altiva! Ela só é totalmente dependente de quem tem a sorte de ser presenteado com ela.
Caso contrário, poderá perdê-la para alguma Sandra Rosa (e mesmo prá alguma Madalena...)ou mesmo encontrá-la morta de sede.
Abração
Jan
Estarei desperto, JAN. Obrigado pelo carinho! Beijo!
ExcluirAdorei o texto :) e também achei a Valentina um encanto! Bjs
ResponderExcluirQue bom! Beijo!
ExcluirMal Valentina chegou e já despertou admiração, cobiça e ciúmes .. rs
ResponderExcluirViu só? [sorrio]
ExcluirEstou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
ResponderExcluirreparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.