Não sei se querem realmente saber o que meus olhos andam vendo ultimamente. Olho e fico com o que vi em meu pensamento, guardado em mim mesmo. Penso e logo coloco a chave no buraco da fechadura da porta da mente. E se um pensamento de abrir a porta, por ventura, me acedia com a intenção de sugerir a exibição do guardado, volvo a chave e a jogo no bolso da camisa azul clara de corte social e botões que ainda não comprei.
Compartilhar o que penso? Não tenho tido vontade. Nem sou obrigado. Acho que tudo que havia para eu pensar em segurança já foi pensado e apenas as idéias um tanto quanto originais possuem o apelo do qual necessito para imprimir minhas poupas digitais contra as cretinas teclas enfileiradas no teclado. Não escrevo mais.
E acho até mesmo que nunca mais escrever será como já foi em minha vida. O tempo da empolgação agora conhece suas cinzas. Cerquei-me de blocos de notas, pequenas cadernetas, diversas canetas esferográficas pretas, única cor que gosto de usar no papel branco virgem, andei com esse aparato de coisas no bolso ou em pequenas bolsas por todos os lugares onde estive durante cerca de doze dias. E o máximo que consegui produzir foi um pensamento nada original que acabou por abalar ainda mais o meu ânimo para com a escrita. Ocorreu que, diante o mar, numa tarde ordinária de pouco sol ou sol nenhum, no final daquela mesma tarde, pus-me a contemplar e ouvir o marulho das ondas que lavavam a areia da praia. Então pensei já com a chave da porta do pensamento empunhada:
“O mar, com sua marulhada, diz algo que jamais saberei exprimir em forma de palavras. E já dizia muito antes de eu estar aqui. E continuará dizendo muito depois de eu partir.”
Hoje, sozinho em casa, de modo contraditório, achei de compartilhar isso. Quis dividir minha chateação para com minha condição de reles ser humano finito e insignificante diante da eternidade da criação exuberante e eterna do Pai. Tomei a chave em minha mão, coloquei-a no buraco da fechadura da mente e, após abrir um pouco a porta, apenas o suficiente para alcançar este pensamento supracitado entre aspas, tirei-o de dentro da pequena caixa mais próxima e vim colocá-lo aqui onde coloco tudo que quero mostrar.
Duzentas e noventa e três vezes eu postei algum texto aqui em meu blog. São quatro anos de atividade ininterrupta. Porém vivo um momento em que não sinto vontade de escrever e nem de postar. É como se eu tivesse durante este período inteiro de trabalho apenas plantando empilhado algo. Penso que seja tempo de olhar para dentro do cômodo da mente, adentrá-lo, organizar as caixas, ver o que pode ser aproveitado e jogar o que não terá utilidade fora.
Compartilhar o que penso? Não tenho tido vontade. Nem sou obrigado. Acho que tudo que havia para eu pensar em segurança já foi pensado e apenas as idéias um tanto quanto originais possuem o apelo do qual necessito para imprimir minhas poupas digitais contra as cretinas teclas enfileiradas no teclado. Não escrevo mais.
E acho até mesmo que nunca mais escrever será como já foi em minha vida. O tempo da empolgação agora conhece suas cinzas. Cerquei-me de blocos de notas, pequenas cadernetas, diversas canetas esferográficas pretas, única cor que gosto de usar no papel branco virgem, andei com esse aparato de coisas no bolso ou em pequenas bolsas por todos os lugares onde estive durante cerca de doze dias. E o máximo que consegui produzir foi um pensamento nada original que acabou por abalar ainda mais o meu ânimo para com a escrita. Ocorreu que, diante o mar, numa tarde ordinária de pouco sol ou sol nenhum, no final daquela mesma tarde, pus-me a contemplar e ouvir o marulho das ondas que lavavam a areia da praia. Então pensei já com a chave da porta do pensamento empunhada:
“O mar, com sua marulhada, diz algo que jamais saberei exprimir em forma de palavras. E já dizia muito antes de eu estar aqui. E continuará dizendo muito depois de eu partir.”
Hoje, sozinho em casa, de modo contraditório, achei de compartilhar isso. Quis dividir minha chateação para com minha condição de reles ser humano finito e insignificante diante da eternidade da criação exuberante e eterna do Pai. Tomei a chave em minha mão, coloquei-a no buraco da fechadura da mente e, após abrir um pouco a porta, apenas o suficiente para alcançar este pensamento supracitado entre aspas, tirei-o de dentro da pequena caixa mais próxima e vim colocá-lo aqui onde coloco tudo que quero mostrar.
Duzentas e noventa e três vezes eu postei algum texto aqui em meu blog. São quatro anos de atividade ininterrupta. Porém vivo um momento em que não sinto vontade de escrever e nem de postar. É como se eu tivesse durante este período inteiro de trabalho apenas plantando empilhado algo. Penso que seja tempo de olhar para dentro do cômodo da mente, adentrá-lo, organizar as caixas, ver o que pode ser aproveitado e jogar o que não terá utilidade fora.
Olá Jefh!
ResponderExcluirVejo um toque de surrealismo nos botões que você ainda não comprou; na "chave" que abre a porta do pensamento; e, em otras cositas mais ;-)
Eu nunca tinha visto surrealismo em um texto literário... ou este seria um 'não texto'? ;-)
Abração
Jan
Sim. Eu acho que a expressão 'não texto' define bem a liberdade que tomei. Beijo, JAN! E obrigado!
ExcluirJeferson,
ResponderExcluirLi e meditei sua linha de pensamento. Normal sentirmo-nos assim, meio desmotivados no exercício da escrita. Um tempo é o melhor hiato para..." Tomei a chave em minha mão, coloquei-a no buraco da fechadura da mente"... e só então analisar o que é bom para nós, o que realmente queremos e podemos executar. Estando bem em nosso interior, basta-nos! Ocupemos o espaço do nosso vazio-fértil!!
Abraço, Célia.
Estou traquilo. Talvez o hiato seja o tempo da colheita. Tentarei sim aproveitar da melhor forma possível. Sem aflição. Obrigado, Célia! Beijo!
ExcluirMuitas vezes nosso íntimo necessita de uma pausa para descartar ou reorganizar pensamentos.Fazemos isso, uma pausa, com nossas coisas a cada final de ano - descartamos, organizamos, reorganizamos para que se abram novos espaços para novas coisas ou novos pensamentos. Não seria este o seu momento?
ResponderExcluirGrande abraço!
Sonia
Sonia, é o tal "tempo ao tempo", eu sei. Estou tranquilo. Obrigado! Beijo!
ExcluirGrande Jefão!
ResponderExcluirFortes as suas palavras e difícil o seu momento, mas acho que isso faz parte. A parte principal de escrever, bem como você sabe, não está na transferência de uma ideia para o papel, mas a abertura para formação desta ideia. Pelo que vejo e pelo que penso, você ainda continua com esta abertura, talvez um pouco atrofiada neste momento, mas o próprio fato de notá-la já lhe garante a continuidade. Não me lembro qual escritor famoso falou muito sobre os "bloqueios do escritor" e acredito ser isso pelo que esteja passando. Este mesmo escritor diz que quem é verdadeiramente um escritor, e não um produtor de textos em linha, tem estes bloqueios.
Não deve haver relutância agora, apenas uma espera impaciente... Seu talento é mais que notório e sua sede por escrever evidente... Então meu caro, se prepara que logo vem uma avalanche de ideias...esteja a postos...rsrs...
Não desanima não, continue usando isso para suas escritas!
Enquanto isso, estaremos por aqui...
Abraço forte...
Castellar, é sempre bom saber que com meus amigos posso contar. Obrigado e um grande abraço!
Excluir“Mesmo que a felicidade lhe caia do céu, é preciso estar na hora e no lugar certo. Mova-se!”(Jefhcardoso).
ResponderExcluirForça!Beijo no coração.Um prazer enorme conhecer este cantinho!Adriana.
Passo por este pensamento e não quero deixar de escrever.
ResponderExcluirAdotei o blogger como um arquivo pessoal aberto ao público.
Beijos!!
Acho que todo escritor ja passou por isso, enfim o importante é nunca parar de escrever. Força!!!
ResponderExcluirSeus leitores sempre estarão lhe apoiando!
bjss
Tallita, obrigado pela força. Estou tranquilo. Beijo!
ExcluirMuito bom o seu blog! E esse texto…
ResponderExcluirEsse texto reflete tudo aquilo que venho vivendo. Sem tirar, nem pôr.
Grande abraço! Obrigada por compartilhá-lo conosco. Agradeço também a oportunidade de conhecer seu espaço. Volte mais vezes ao meu também. Os dias dirão se ele continuará vivo.
Ah, você gostou da última postagem?
É bem daquele jeito que temos que nos livrar das tais centrais de banco que tentam nos “dar” cartões de crédito.
www.textos-e-reflexoes.blogspot.com
Compreendo seu pensamento. Todos nós temos fases na vida, momentos de instropecção, de interação, momento em que queremos compartilhar nossas alegrias, enfim, são fases... fases estas que passam. Espero que esta passe logo e volte a escrever em breve. Abraços.
ResponderExcluirBom dia bom dia! vim avisar que te indiquei um um desafio da leitura em meu blog, gostaria muuuito muito que participasse!
ResponderExcluirhttp://dicionario-feminino.blogspot.com.br/
Acho mto válido um momento de retiro. Ter um blog não é uma obrigação, e sim algo que te faz bem, nas horas vagas, um espaço para desabafo, é assim que eu penso. Se virar uma obrigação se torna chato. É normal termos essas baixas de criatividade ou vontade de escrever..
ResponderExcluirRealmente um bom texto cheio de essência. Parabéns Jefh, você escreve muito bem e consegue transpassar o que sente sem muito esforço.
ResponderExcluirExcelente texto. Parabéns pela maneira que você se expressa.
ResponderExcluirRealmente as vezes é necessário um "ócio criativo", dizem que todo escritor passa pela fase de se ausentar um pouco da escrita. Talvez seja os pensamentos passando por uma reciclagem.
Abraço.
A graça da vida é que tudo e todos nós mudamos a cada dia...
ResponderExcluirAbraços e ...obriga por me visitar!
Magnífico o seu texto. Eu gosto quando o escritor pensa sobre o que escreve e deseja descobrir o que ainda pode ser dito. Algumas vezes, o poeta acredita que as palavras se esgotaram. Porém, é só uma fase. Um ciclo. Para um novo começo. Pois, sempre há algo a ser dito. Beijos.
ResponderExcluirÉ assim mesmo... com meu blog também passei um tempo bem parada... No meu caso, fui me deixando levar pela correria do dia a dia e parece que não me sobrava ânimo pra mais nada, não me vinha nenhuma ideia e, afinal, são tantos blogs de moda por aí que fazer mais um não fazia sentido. Mas de repente resolvi voltar a escrever e a postar. Sabe, podem ter vários mas só tem um que é meu. E ninguém é igual a ninguém... Sei que você tá tranquilo com sua decisão de dar um tempo. E dar um tempo é realmente saudável às vezes... Mas sem dúvida você tem um talento aí. Comigo acontece muito isso que você descreveu... Eu costumava escrever muitas canções. Compunha letras e melodias enquanto andava de ônibus, ou no meio da noite, tomando banho... enfim. Não que fossem grandes canções. Mas parei de repente... e faz muito tempo que não escrevo nenhuma. Parece que é um dom adormecido. Mas quem sabe um dia... :)
ResponderExcluirOi,Jeferson! Obrigada pela visita e comment lá no blog das camaleônicas,hehe. Passando para conhecer o seu.
ResponderExcluirÓtimo texto!!
ResponderExcluirBeijos
Am
http://www.vinteepoucos.com.br/
Também acho muito bom não ter nada em mente para dizer... e encontrar o vazio, ou o quase vazio, por que alguma coisa tem que esvaziar para poder entrar algo novo e produzir.
ResponderExcluiràs vezes não tenho vontade de escrever nada nos muitos blogs, as receitinhas andam até esquecidas, que bom que você me lembrou com doces palavras!
Mas por enquanto vou ficando no marasmo, no final algo novo pode chegar!
Abraços!
Oi amore, sigo seu blog há um tempinho já e adoro seus posts!
ResponderExcluirMeu blog, está concorrendo uma enquete de parceria nestes Blogs ->
http://www.foconamoda.com.br/ e http://pequenomuffin.blogspot.com.br/
Dá uma forcinha lá.. qdo votar me avisa tá!
Meu blog - Docii Encanto (http://dociiencanto.blogspot.com.br)
Super beijo! Valeu..
bem, eu adoro textos que outros blogueiros escrevem. Me sinto mais forte para escrever os meus também ;
ResponderExcluirBjs, http://bhulago.blogspot.com.br/
Jefh,
ResponderExcluirA dificuldade, muitas vezes está apenas na nossa mente. Muito do que vemos como difícil é apenas o nosso psicologico nos fazendo sentir medo ou dúvidas... Acredite em você, tudo vai dar certo, você vai voltar a escrever (na verdade voltou) e será de acordo com a vontade de Deus. Sucesso!!! Sou sua fã. Abraços
Cláudia Couto(CADICA)
Jefh, passo tanto tempo sem conseguir ler e comentar teus textos e quando chego aqui é um momento de grandes reflexões... Texto lindo, verdadeiro, sentido! Não pare...não... Vamos lá...assim como o mágico você tem sempre um "texto na cartola"... Um grande abraço amiga Jefh e sempre muita luz na tua vida!
ResponderExcluirAdorei saber que não estou só nessas fases de indecisões... fases de falta de inspiração!!!
ResponderExcluirO melhor é saber que isso passa... e tudo volta ao seu lugar de ordem!
Parabéns pelo blog!
Abs...
Olá,
ResponderExcluirMe identifiquei muito com o seu texto,muitas vezes eu penso em parar,mais sempre
percebo que a vida fica mais sem graça quando não escrevo,e se você mesmo nessa fase consegue escrever um texto tão reflexivo e inspirador,é sinal que seu caminho é esse mesmo,então continue firme.
bjs!
Olá,
ResponderExcluirMe encontro assim ultimamente, não tenho conseguido escrever nada. Tentei rascunhar alguns pensamentos mas não consegui grande coisa..rs... Espero que assim como você(que já conseguiu voltar a escrever) eu também consiga logo voltar a escrita.
Obriga pela visita e comentário!
Gostei do seu blog e textos!