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OBSESSÃO É OBSESSÃO

“Permita que me apresente: Arkádii Ivánovitch Svidrigáilov.” E assim termina o primeiro volume da edição que estou lendo de Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, apenas Dostoiévski para os íntimos e também para os confiados. Embora sempre ouvisse sobre o gênio do autor, sou apenas um admirador tardio que o descobriu aos trinta e oito anos de idade, em uma primavera onde o calor de minha pequenina Ituverava jamais poderia eu imaginar ser atmosfera semelhante a qual se encontra na obra do autor russo ambientada na supostamente gélida São Petersburgo.

O livro entrou em minha casa por uma coleção, uma linda coleção de títulos clássicos com capa de linha, fita marcadora de página acetinada, páginas suavemente amareladas conferindo um aspecto envelhecido, páginas novas, cheirosas. E como acontece com tantos livros que possuo, um dia vou e lhes tiro do sono da estante para a baila da leitura. E que grata descoberta fiz. Como estavam certos aqueles que o mitificavam! Fiquei bestificado desde as primeiras linhas.

Tomei o livro no último final de semana e, como sou leitor lento, algo do que não me envergonho e acho até benéfico aos meus semelhantes confessá-lo, só pude terminar o primeiro volume hoje ao chegar do trabalho. Em meu favor, apenas o fato de que sou um homem muito ocupado da Fisioterapia e das coisas do lar. Mas na ânsia de avançar pelas laudas da trama, acabei por ficar obcecado. Não fui correr essa semana, não fiz meus exercícios regulares, travei longas batalhas contra o sono e adormeci somente após a página ficar pesada demais para vira-la.

E na quarta feira, quando restavam apenas setenta páginas para finalizar o primeiro volume, eis que ocorre um fato, no mínimo, curioso. Sabendo que não haveria a última sessão do horário, cancelada antecipadamente, levei Fiódor Dostoiévski para o meu trabalho. Acomodei-o no fundo de minha melhor gaveta, a mais livre, portanto a mais espaçosa, e fui com afinco às atividades do labor. Ao terminar minhas hercúleas tarefas, voltei para a sede da empresa onde Dostoiévski repousava. Preenchi o último relatório, organizei a mesa, certifiquei-me de ainda restar vinte e oito minutos até a hora reservada ao almoço, tomei o exemplar da capa vermelha e nele derramei toda minha atenção ao conturbado universo do pobre diabo Raskólnikov, o ex estudante.

Li até o último instante que me fora possível e então parti. No tumulto das crianças que busco ou não busco na escola, da pessoa que vai até minha casa para cuidar de nossas roupas e grita ao celular e canta em voz muito alta, de meus bichos de estimação barulhentos e esfomeados aguardando o alimento sagrado de minhas mãos, do almoço à hora certa fumegando na mesa, meu repasto, do olho no relógio para não perder o horário do retorno ao trabalho, do descanso após mais uma ou duas... páginas... Eis que o romance fora esquecido por um momento. Só fui me recordar de São Petersburgo ao chegar do trabalho. Mas antes tomei um bom banho para manusear relaxadamente a obra prima.

Mas cadê? Não o deixei no criado como de costume? Não deixei sobre o raque ao lado do computador? Não teria caído no chão debaixo da cama? Não. Entre os travesseiros e os lençóis, não está? Debaixo dos jornais, junto dos outros livros, ou no guarda roupas, quem sabe, não? É angústia que estou sentindo agora. Volto ao carro e lá também não está. Refaço todo o roteiro passo a passo, incluo lugares inusitados como o banheiro, onde o livro não estaria nada bem, e o quintal, onde estaria sem jamais ter sido conduzido até lá por minhas mãos, improvável. Cometo uma injustiça, suspeito das crianças. Tem sempre um distraído dono de carregar sacolas, objetos e largar em algum lugar. Teriam pegado meu livro por engano? Teriam misturado meu livro aos seus materiais de escola. Vasculho suas mochilas, seus quartos. ‘Desculpem-me, crianças!’

Teria eu o esquecido no painel do carro e um ladrão literato, um gatuno letrado o surrupiado num momento de absoluta calmaria na rua de minha casa? Abriu a porta com uma trincha, roubou o exemplar e partiu sem levar mais nada. A ousadia destes malandros não encontra limites, roubam agora Crime e Castigo para zombar da sociedade. Não foi o caso.   

Visto uma roupa mais adequada e apanho meu crachá. ‘Mas aonde você vai?’ ‘Vou até a empresa, pedirei ao guarda que me deixe entrar para ver se deixei por acaso o livro em uma de minhas gavetas.’ ‘Mas você não disse que o havia trazido na hora do almoço?’ ‘Sim, mas sei lá, é tudo tão corrido, vai que levei sem notar e acabei por largar lá.’ ‘Tem certeza que é caso de ir à empresa e criar essa situação inadequada?’ ‘Andrestchka, obsessão é obsessão!’ ‘Está bem. Boa sorte então!’

O guarda foi simpático, deu-me as chaves, permitiu minha entrada, contudo demorei um pouco mais que o esperado, penso. Vasculhei mais de uma vez todas as gavetas de minha escrivaninha, verifiquei o armário, repeti tudo. Ao sair, o guarda já estava visivelmente ansioso por minha demora. Não era pra que eu demorasse e ainda saísse do mesmo jeito que havia entrado, sem livro algum. Desolado, agradeci ao bom homem e caminhei para o carro.

Chegando em casa, sentei-me na cadeira de leituras do quarto e coloquei-me a lembrar da infância e de meus objetos mais queridos. Às vezes os perdia por horas, dias, ficava triste, desolado, perdia a vontade de brincar. Vi tudo acontecer novamente, só que agora tenho trinta e oito anos de idade. E foi pior o caso, devo confessar que tive um leve desejo de chorar. Seria em silêncio, algo íntimo e discreto, porém recobrei o juízo em tempo e percebi o quão patético eu estava sendo. ‘Perdeu o livro?, aceite o fato. Não é assim que aconselha a todos que lhe relatam casos de perda? Que adulto idiota és tu, rapaz?’ Disse-me Fiódor Dostoiévski sentado ao pé de minha cama.

Empalideci. Trêmulo, tentei justificar-me explicando da importância daquele objeto de coleção, da dificuldade de conseguir outro igual, da imensa despesa extra que aquilo poderia acarretar-me e, principalmente, da leitura interrompida por uma noite. Justamente faltando apenas setenta páginas para a conclusão do volume. Que lástima!  ‘Pois deixe de tanta tolice, rapaz. Já olhou atrás das caixas de som do subwoofer?’ Tempos modernos... Foi neste momento que fui investigar àquele local e senti o prazer de recuperar a dracma* perdida. Prazer que se incorporou à leitura e somou-se à afeição pelo objeto querido. ‘Quem ama os livros sabe que obsessão é obsessão, Andrestchka.’

*Dracma, a moeda grega de prata que tinha valor equivalente ao denário.


Comentários

  1. Como o entendo! Obsessão por livros! Nem mais!

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  2. Hello, Jeferson Cardoso.

      Lovely your works, full of joy.

      Thank you World-wide LOVE, and your Support.

      The prayer for all peace.
      I wish You all the best.

    Have a good day. from Japan ruma ❀

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  3. Oi amigo! Estive sumida por algum tempo,mas estou de volta! Li seu texto e como sempre gostei! Que Jesus continue te abençoando! Um forte abraço!

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  4. que bom que vc recuperou o livro..
    eu também sou assim, quando perco alguma coisa, tento recuperá-la a todo custo..
    mas nem sempre consigo..

    bjs.Sol

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  5. Eu também fiquei um tanto obcecada quando li Crime e Castigo, que bom que você encontrou o livro!
    Parabéns pelo texto!

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  6. eu nao consigo parar um livro que estou gostando de jeito nenhum. Reli Crime e Castigo faz pouco tempo e sei que também me joguei de corpo e alma nele...gostei muito da fluência da sua escrita. Obrigada por ires ao meu blog. grande abraço

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  7. Jeferson, adorei o texto e já virei leitora do blog. Tentei votar mas deu "votação encerrada". Agradeço tua visita e comentário em meu blog. Boa sorte no segundo turno! Abraço

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  8. Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente.
    Fiodor Dostoievski

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  9. Olá! Já estou seguindo seu blog, muito legal! :)

    Obrigada pelo comentário! ^^

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  10. Olá Jefh

    Encantada com seu blog...
    Obsessão, característica peculiar de ansiosos.
    Eu posso dizer que sou obsessiva nata por diversas coisas, se for enumerar não vai caber. hehehehe

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  11. ‘Quem ama os livros sabe que obsessão é obsessão, Andrestchka.’

    Bom, para começar, eu também amo livros, e para provar o tanto que eu sou obsessiva por meus livros, é o fato de não emprestar eles para ninguém, nem para o meu namorado! Porque infelizmente eu emprestei duas vezes meus livros para minhas amigas e o que aconteceu? Simplesmente eles voltaram com páginas sujas, amassadas, e etc. Então, prefiro que meus livros fiquem guardadinhos na estante, porque pelo menos ninguém vai estragar. E quanto ao fato de você ser um leitor lento, te digo que, cara, eu leio tão rápido que as vezes eu fico triste que nem tem nada pra mim ler, e eu tenho que ler alguns textos na internet, mas, sinceramente, prefiro ler um livro, porque não gosto muito da tela do computador, força minha vista mais do que um livro, então, as vezes eu queria poder ler lentamente como você, porque pelo menos eu não ia ter que comprar vários livros por mês. Abraços!

    Ahh, e quem quiser seguir lá meu blog:
    http://garotanerd17.blogspot.com.br/

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  12. Olá parabéns pelo blog e gostei mto da forma q escreve. Obrigada pelo comentário no meu blog, respondi vc por lá tb, bjinhos da Rafa Organize sem frescuras!

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  13. Nossa que aflição me deu pensei que nao iria achar!bom como vc tinha perguntado no meu blog se eu tinha uma obsessão,tenho sim a de chegar dia de sabado ou domingo e sentir o prazer de estar com meu namorado!, bom considero isso como uma obsessão, um big bju by: A GAROTA TENTAÇÃO!

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  14. gostei do texto ,vc escreve mto bem,parabéns pelo seu blog ,um grande abraço

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  15. Olá tdo bem eu aqui de novo excelente post,confesso que sou meio obssessiva,mas eu to me controlando mais uma ótima semana pra vc beijus

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  16. Olá, vim retribuir a visita que fez em meu blog e confesso que adorei o que vi! Você é um ótimo escritor! Meus parabéns! Também me identifiquei com o texto, sou uma grande fã de leitura! Já passei por isso, é realmente horrível! Achei que tinha perdido um livro que eu realmente amava muito mas graças a Deus eu tinha emprestado a um amigo. Sou muito obsessiva por meus livros! Parabéns pelo incrível Blog! Muito sucesso! Abraços e apareça no meu a hora que quiser! Sempre muito bem vindo!

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  17. Sou totalmente obsessiva...por livros,por organização,por várias coisas...Meus livros são sagrados pra mim, ninguém põem a mão.rsrs
    Amei seu texto.Muito bem escrito e inteligente.Ja estou seguindo.Valeu pela visita!!!Abraços.
    http://espelhodoglamour.blogspot.com
    www.facebook.com/espelhodoglamour

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  18. Olá, nossa ficou ótimo, estou começando a gostar bastante de ler livros, e é tão bom encontrar guardado aquele livro tão especial e ótimo.

    Beijos ;* Jéssika Vitória, do blog: Princesa Descolada(novo post)

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  19. Oi, adorei o blog e o seu comentario no meu ! e sobre obsessão, existem muitas coisas que eu quero muito, mas não chegar ser uma obsessão, obrigado pelo comentário é sempre bem vindo!

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  20. Ainda não tinha parado para pensar nisso: se tenho alguma obsessão...
    Gostei muito do seu blog, e obrigada pela visita. :)

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  21. Oi Jefferson, tudo bom? Sobre o outro blog ele esta inativo por isso não deve esta conseguindo. Adorei seu blog e muito obrigado pela visita. Obsessão uma coisanperigosa mais ao mesmo tempo boa, acho que a minha única obsessão é ser feliz!!! Beijos

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  22. Muito bom! Muito bom mesmo. Já terminou o livro? O que achou? Eu li CRIME E CASTIGO há anos e toda vez que faço uma releitura fico surpresa com o que descubro. Um livro para ser relido pelo resto da vida.

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  23. Olá,

    Li Crime e Castigo há muito tempo nem me lembro direito... obsessão é uma coisa perigosa né!

    Abraços

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  24. D+ Adorei o seu blog... E adorei o seu livro - pelo menos a parte que li - está perfeito. Adorei mesmo e espero poder lê-lo em breve. Deu uma grande vontade de ler ele. Agradeço pela visita que fizeste em meu blog.

    Beijos P.

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  25. Poxa, acho que algumas leituras acontecem na época certa, mesmo que achemos ter começado elas tarde. Meu primeiro contato com Dostoiévski foi quando comecei a ler uma edição de bolso simples de 'Noites Brancas e Outras Historias', não achei ruim, mas também não prossegui, acho que ainda não era a hora certa, quando o tempo me der mais maturidade saberei o momento certo por conseguir me envolver dessa forma fascinante que você conseguiu.

    Quanto as minhas obsessões, creio eu ter uma porção delas, aliás essa é uma daquelas perguntas ótimas que nos fazem ir longe de tanto pensar à respeito, mas acho que a principal mesmo é meu anseio profissional, ter que fazer outra coisa da vida que não seja seguir meu sonho, me deixaria louca. hehe

    Adorei a forma como escreve, indicarei para um amigo que gostará tanto quanto eu gostei. Já estou seguindo.
    Abraço.

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  26. Belíssimo texto, Jeferson! Parabéns por esmiuçar a cena tão sutilmente a ponto de provocar no leitor um inquietação do início ao fim. Parece até que lhe vi andando de um canto a outro, vasculhando aqui e ali. Sobre obsessão,sei não! Me acostumei a ver o termo do ponto de vista da ciência psicológica e por esta via tenho minhas reservas...mas uma paixão eu tenho, e esta caminha "obcecadamente" comigo: Música.

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  27. Oi Jefh!

    Quanto tempo amigo...estive distante por um tempinho do meu blog,
    alguns imprevistos , mas estou de volta, e pra ficar de vez.
    Adoro vir aqui, é maravilhoso...voce como sempre, encanta com seus textos...sempre vou dizer: "Voce tem alma de poeta"!
    Estou passando passando por uns probleminhas pessoais, inclusive a minha mensagem de retorno falo disso...

    Abraços com sorrisos e muito carinho!

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  28. Oi, Jeferson! Vim agradecer sua visita ao meu blog e me encantei com o texto. Você escreve muito bem, gostei e vou voltar!
    Abraço.

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  29. Meu nome é António Batalha, estive a ver e ler algumas coisas de seu blog, achei-o muito bom, e espero vir aqui mais vezes. Meu desejo é que continue a fazer o seu melhor, dando-nos boas mensagens.
    Tenho um blog Peregrino e servo, se desejar visitar ia deixar-me muito honrado.
    Ps. Se desejar seguir meu blog será uma honra ter voce entre meus amigos virtuais,mas gostaria que não se sinta constrangido a seguir, mas faça-o apenas se desejar, decerto irei retribuir com muito prazer. Siga de forma que possa encontrar o seu blog.
    Deixo a minha benção e muita paz e saúde.

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  30. Primeiro agradeço a visita em meu blog. E digo seus textos são espetaculares.. beijos

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  31. Agradeço mais uma vez sua visita e lhe garanto que me diverti muito com seu texto. Parabéns. bjs

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  32. ola...retribuindo a visita e respondendo a pregunta...acho que maior obsessão é comprar..rsrs mas nem sempre fui assim, acho que sou de fases...
    Blog
    http://no-marca.blogspot.com.br/

    canal youtube
    http://www.youtube.com/user/BlogNoMarca/featured

    fan page
    https://www.facebook.com/pages/NO-Marca/307033125997308?ref=hl

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  33. Compartilhei da sua dor do início ao fim! E me identifiquei horrores. Estou há uma semana sem ler "A insustentável leveza do ser", do Kundera. Mas, não tive a mesma sorte que a sua.
    Primeiro: ele não veio pra me dizer pra parar de chorumelas enquanto eu estava desolada.
    Segundo: continuo sem ler até hoje.. :/

    Me diverti com o post! Gostei da forma como você escreve! :)
    E ainda por cima, fiquei com vontade de ler o livro, mesmo sem você dizer tanta coisa sobre ele, falando da sua obsessão e essa paixão toda de não perder nenhum tempinho em que puder estar com ele.. Gosto muito quando me sinto assim em relação a um livro ou um autor. ^^

    Beijos!

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  34. Que lindo! Como diz o final, só quem tem obsessão entende. ;D

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  35. Engraçado você falar isso.. porque hoje mesmo estava em uma feira e me interessei pelo "A história da riqueza do homem". Era em uma barraquinha de troca, mas eu não tinha nenhum livro pra trocar! Daí, o cara que estava cuidando das coisas, me disse pra fazer um poeminha ou escrever alguma coisa pra pendurar num varalzinho deles. E aí, ganhei o livro! :)

    Tô menos triste. Hhuaiho ^^
    ;*

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  36. Agradeço pela visita e, respondendo sua pergunta: minha maior obsessão é a organização. Sim, neurótica-obsessiva-compulsiva, eu sei.
    Quanto ao seu texto, devo parabenizá-lo pela boa escrita. Não conheço a obra citada, mas depois da descrição devo absolutamente lê-la.
    Grande Abraço!

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  37. Já tentou o São Longuinho? Sempre funciona,mais cedo ou mais tarde, mas funciona.
    Espero que o encontre e sim, eu tenho uma obsessão, observo as pessoas, costumes, manias sabe? E ainda as escrevo no meu caderno particular!
    OBrigada pela visita!
    Beijos.

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  38. Quando comecei ler o seu texto sabia que estava em um blog, mas ao continuar me perguntei se estaria lendo o capitulo de um livro. Fiquei impressionada em me pegar diversas vezes sentido o que o autor do texto sentiu, imaginei perfeitamente o livro que descreveu, suas paginas, o cheiro de novo. Senti a aflição de perda e achei graça do pensamento sobre "gatunos letrados". Achei sensacional senti isso em um post de blog sobre o dia de alguem que não conheço.

    Sobre sua pergunta... Nunca pensei em uma e se tenho nunca percebi. Talvez eu seja tão obsessiva por algo que acho normal me sentir assim. Vai saber né!

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  39. Nãããoo.. na verdade nunca me faltam coisas pra ler. Tenho é que procurar direito o livro do Kundera. Mas, levo vários ao mesmo tempo (um romance e vários outros que quiser)... então não estou totalmente abandonada. :P

    O que ganhei é muito bom. Li metade dele há muito tempo, no colégio. É o "A história da riqueza do homem", do Leo Huberman! :)

    Sim! Foi muito mágico! E ele ainda é velhinho, tipo de sebo.. tem até uns sublinhados em alguns capítulos. Acho legal pensar que alguém que eu não faço ideia que existe já leu aquele livro. Ou talvez seja parente de alguém que eu conheça. Ou amiga de uma amiga dos meus pais.. enfim.. gosto de livros velhinhos e os que têm dedicatória são os melhores! :D

    Um assunto leva ao outro e acabei falando um monte de coisa.. :P
    ;*

    ResponderExcluir
  40. Oi Jefh, obrigada pelo comentário no meu blog e também por disponibilizar seu blog para o texto obsessão... o que causou-me surpresa pq o assunto que deixei no meu blog nada teria com a o assunto obsessão e inicialmente ate ri muito aqui, porque como sou espírita essa palavra tem outro sentido e outro peso..rs, desculpe-me inicialmente o sorriso.
    Mas agora falando sobre seu texto obsessão é obsessão, eu já fui pior, hoje melhorei bastante pq consigo entender o que de fato aconteceu na hora, se perdi algo querido a minha pessoa, era pq aconteceu, era pra não ser mais meu, podia ser por relaxamento..enfim....arrumava mil desculpas para o acontecido só para não aceitar o que era fato e aporrinhar todos a minha volta...mas acho que fui melhorando depois que comecei a utilizar o aprendizado da minha religião, tornei-me um pouco mais desapegada e confesso que falta muiiiiito a melhorar kkkk, mas to caminhando para essa conquista.
    Obrigada por sua visita e apareça sempre.
    Rita Zottolo
    Ahh ia esquecendo de responde-lo sobre o meu texto da saudade...sinto sim,muita...de pessoas muito amadas que tive na minha vida, algumas delas já falecidas e outras ainda fazem parte desse meu viver atual, mas foi apenas um texto para expressar o que estou sentindo hj. Ok!!

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  41. Olá !Bem vindo ao meu blog. Obrigada pelo carinho e pela visita .
    Adorei o seu blog, e o texto muito bom e interessante, mas não se esqueça na próxima não esquece de rezar para o São Longuinho,ele não falha acha mesmo,ris.. Pode certeza que sempre farei uma visita no seu blog. Vou recomendar...

    Parabéns e muito sucesso, um abraço,

    Vera Lucia

    ResponderExcluir
  42. Oi Jeferson,primeiramente quero lhe agradecer pelo comentário que fez em meu blog, estou apenas começando e receber um comentário de alguém experiente como você é uma honra e um incentivo. Respondendo a sua pergunta, não tenho nenhuma obsessão, mas tenho muitos anseios, vontades e manias, estudar e me dedicar ao que faço é uma delas, se as coisas que faço não saem do jeito que quero, fico muito irritada, não acho que sou obsessiva, só um pouco perfeccionista, haha! ah, desejo muita sorte com a premiação. Um abraço e espero que continue acompanhando meu trabalho!

    ResponderExcluir
  43. Depois da sua visita ao meu cantinho, vim conhecer o seu!
    Que interessante esse texto.. Já fiquei obcecada por várias coisas, me identifiquei!!

    Bem vindo ao meu blog e volte sempre. Se moda não for mto de seu interesse, também de arte as vezes.. ;)

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  44. Adorei a sua maneira de escrever e fiquei curiosa para saber mais deste livro, vc perguntou minha obsessão e a que tenho dês da infância é emagrecer. Ótimo fim de semana!

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  45. Confesso que me diverti muito com a leitura! rs. Boas palavras e escrita bem colocada! Parabéns pelo blog! Tentei votar mas as votações estão encerradas! Continue postando! Agora sou uma seguidora!

    ResponderExcluir
  46. Olá, parabéns pelo blog!
    Se você puder visite este blog:
    http://morgannascimento.blogspot.com.br/
    Obrigado pela atenção

    ResponderExcluir
  47. Comecei a ler "Crime e Castigo" na época da faculdade, mas não consegui tempo para terminar... tenho muita vontade de ler esse livro, só falta oportunidade.

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  48. Adorei seu texto. Muito bom!
    Vou até tentar ler Crime e Castigo...
    Adoro ler! Fico louca quando pego 1 livro emprestado, fico muito preocupada em devolver logo e em bom estado!
    Mary

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  49. Me senti muito preguiçosa, demorei tempo demais para ler Crime e castigo! Mas com certeza é uma leitura muito instigante, assim como todos as obras de Dostoiévski. Acho que me encontrei no teu blog. Sou doida por literatura russa e, me parece, que também és. Abraços.

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  50. Ge-ni-al !!! Te agradeço tanto, Jeferson,a visita ao meu blog.Comecei a ler Crime e Castigo e queria parar com tudo, me envolvia de uma maneira que virou obsessão concluir a leitura.Mas, muitas vezes,voltava às páginas anteriores. As nuances e tramas paralelas nos botam doidinhos, não é?
    Sem dúvida alguma, trata-se de uma história única, intensa além da conta. Propor uma leitura dessas é quase um desafio, você está de parabéns.
    Cheguei hoje de viagem. Um abraço, Jeferson.

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  51. Olá!

    Gostoso de ler do inicio ao fim! Já andei procurando por um açúcareiro até achá-lo dentro do freezer!Enlouquecí antes de encontrá-lo! Mesmo sem comentar às vezes, ando sempre por aqui viu!
    um abraço bem apertadinho!

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  52. Gostei muito do seu blog. Respondendo a sua pergunta anterior
    Não conheço muito bem a literatura amadora, mas gosto muito de criar história de ficção e aventura incrementando com loucuras do meu próprio cotidiano. Mas obrigado por gostar das minhas postagens =)

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  53. Como é lindo ser um "amador", aquele que ama assim a escrita. Também me digo assim.Do mesmo modo como se identificou no meu blog. Parabéns. De amadora para amador :))

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