Não era a primeira vez que ele a atendia, e nem era a primeira vez que se detinha diante às imagens dos quadros da sala. Mas era a primeira vez que ela concordava em sair do quarto, da cama, para ser mais exato, para uma pequena caminhada pelo corredor, passando pela sala e indo à sacada do sobrado. Então eles iam passando diante às tais imagens da sala, quando ele comentou, a fim de nutrir a empatia, o que é indispensável numa sessão de Fisioterapia, que eram belas as imagens. Uma, numa tapeçaria emoldurada em madeira escura e coberta por vidro, como um quadro; nela havia a imagem das ruínas do ataque nuclear à Hiroshima, o Memorial da Paz de Hiroshima, ou Cúpula da Bomba Atômica. São as ruínas do Antigo Centro de Exposição Comercial da Prefeitura de Hiroshima, ruínas da construção mais próxima ao epicentro da bomba nuclear a permanecer parcialmente de pé após o ataque, transformado num símbolo em memória às vítimas de 1945. Uma imagem fortíssima, que, sem dúvida, induz a refletir ...