Os poucos populares, que ainda tinham alguma energia, a concentraram em cobrar uma atitude das autoridades; furiosos, ameaçavam ir até a praça e agarrar o forasteiro, arrastá-lo, e enfim, lançá-lo às chamas. Afinal, os populares acreditavam firmemente, que tudo o que estava ocorrendo, era senão uma obra do forasteiro, e que o estranho teria parte com o...você sabe quem.
As autoridades, mediante àquele principio de revolta popular, acharam por bem enviar o contingente da polícia local; que lá chegando, foi ter direto com o forasteiro. Este lia imóvel, completamente absorto na leitura e ignorando a todos.
Eram quatro os policiais, razoavelmente bem armados, com cartucheiras, revolveres, e cassetetes. Saltaram todos de uma vez da viatura; cabo Antão foi dizendo aos seus comandados: _Vamos chegar e colocar o malandro de uma vez na viatura. A gente o guarda lá na delegacia e pronto, estará resolvido; assim o povo se acalma, pois não dá pra dispensar o sujeito estando a cidade toda cercada pelo fogo, conforme está.
Os soldados acataram a ordem superior e seguiram a passo firme, decidido, em direção ao forasteiro. Os cães, que ladeavam o “mendigo”, se levantaram, eriçaram os pelos, rosnaram com os dentes à mostra, e latiram ensandecidos; uivavam, até. Os soldados, por um breve instante, fizeram menção de recuo, ao ver a ferocidade dos vira-latas, porém, continuaram progredindo em sua marcha, quase firme; ligeiramente mais cautelosos, é verdade. O pessoal, que observava a tudo de debaixo do pé de jaca, do terreno baldio defronte a praça, comentou que, foi até bonito ouvir os coturnos a tocar o solo em quase uníssono.
Foi quando, á meio caminho do objetivo, os cães investiram raivosos contra os guardas, que envoltos em meio à névoa de fumaça que pairava, sentiram o pavor lhes tomar de súbito.
Quanto mais os guardas esbravejavam e ameaçavam os cães, mais os bichos se enfureciam contra eles.
Os cães pareciam determinados a não permitir a aproximação dos soldados, e no momento em que os policiais desferiam cacetadas a esmo, ocorreu o terrível ataque. As feras avançaram sobre os homens, lhes atacaram mordendo as pernas, os braços, e onde conseguiam alcançar cravavam suas presas afiadas. Era soldado, cacetada, e mordida de vira lata; uma balburdia total. Em meio à confusão, cabo Antão ergueu a cartucheira, desferiu um disparo de advertência para o alto; neste momento fora traiçoeiramente mordido na nádega. Irritado, gritou para o forasteiro com a voz esganiçada, contendo as lágrimas que inundavam seus olhos sendo contidas com grande custo pelas pálpebras: _ Ou você faz com que estes animais parem, ou vamos meter bala geral!
O forasteiro não disse palavra; indiferente, permaneceu imóvel, e após mais alguns minutos de duro embate, os soldados efetuaram os anunciados disparos contra os caninos agressores. Porém, por uma grande infelicidade, nenhuma bala encontrou o alvo; a correria fora generalizada. Quem pudesse que se salvasse.
Os soldados já não ouviam a voz do comandante, que corria junto ao grupo a levar mordidas. Atiravam sem sucesso. Corriam atordoados, desesperados. Iam para qualquer rumo, trombavam uns nos outros, batiam cabeças. Este momento fora uma “pastelada”, segundo narraram, mais tarde, os homens freqüentadores da copa da jaqueira.
Ao final os soldados encontraram o caminho de volta para a viatura. Exaustos, aniquilados ficaram ali, cercados pelos cães, que, em redor do carro, ainda lhes mostravam os dentes e rosnavam.
Ao volver a chave no contado, o soldado Jarbas, deu com extremo pesar a má notícia ao seu comandante: _Cabo Antão, o rabecão está novamente sem partida, teremos que descer e o empurrar.
Ninguém acreditava no que Jarbas dizia. Era má sorte demais para tão poucos soldados. Naquela altura dos fatos, deveras amaldiçoavam o forasteiro. E agora passavam a crer na teoria da origem nefasta daquele sujeito fedorento no centro da praça. Criam até que seria ele, realmente, o causador de todo o distúrbio que assolava a pacata cidade.
Resultou que os soldados ficaram presos na viatura, onde certamente o calor era ainda maior do que fora. E o forasteiro seguia em sua leitura, indiferente a tudo o que acontecia. E o povo, revoltado, exigia providências imediatas das autoridades.
As autoridades, mediante àquele principio de revolta popular, acharam por bem enviar o contingente da polícia local; que lá chegando, foi ter direto com o forasteiro. Este lia imóvel, completamente absorto na leitura e ignorando a todos.
Eram quatro os policiais, razoavelmente bem armados, com cartucheiras, revolveres, e cassetetes. Saltaram todos de uma vez da viatura; cabo Antão foi dizendo aos seus comandados: _Vamos chegar e colocar o malandro de uma vez na viatura. A gente o guarda lá na delegacia e pronto, estará resolvido; assim o povo se acalma, pois não dá pra dispensar o sujeito estando a cidade toda cercada pelo fogo, conforme está.
Os soldados acataram a ordem superior e seguiram a passo firme, decidido, em direção ao forasteiro. Os cães, que ladeavam o “mendigo”, se levantaram, eriçaram os pelos, rosnaram com os dentes à mostra, e latiram ensandecidos; uivavam, até. Os soldados, por um breve instante, fizeram menção de recuo, ao ver a ferocidade dos vira-latas, porém, continuaram progredindo em sua marcha, quase firme; ligeiramente mais cautelosos, é verdade. O pessoal, que observava a tudo de debaixo do pé de jaca, do terreno baldio defronte a praça, comentou que, foi até bonito ouvir os coturnos a tocar o solo em quase uníssono.
Foi quando, á meio caminho do objetivo, os cães investiram raivosos contra os guardas, que envoltos em meio à névoa de fumaça que pairava, sentiram o pavor lhes tomar de súbito.
Quanto mais os guardas esbravejavam e ameaçavam os cães, mais os bichos se enfureciam contra eles.
Os cães pareciam determinados a não permitir a aproximação dos soldados, e no momento em que os policiais desferiam cacetadas a esmo, ocorreu o terrível ataque. As feras avançaram sobre os homens, lhes atacaram mordendo as pernas, os braços, e onde conseguiam alcançar cravavam suas presas afiadas. Era soldado, cacetada, e mordida de vira lata; uma balburdia total. Em meio à confusão, cabo Antão ergueu a cartucheira, desferiu um disparo de advertência para o alto; neste momento fora traiçoeiramente mordido na nádega. Irritado, gritou para o forasteiro com a voz esganiçada, contendo as lágrimas que inundavam seus olhos sendo contidas com grande custo pelas pálpebras: _ Ou você faz com que estes animais parem, ou vamos meter bala geral!
O forasteiro não disse palavra; indiferente, permaneceu imóvel, e após mais alguns minutos de duro embate, os soldados efetuaram os anunciados disparos contra os caninos agressores. Porém, por uma grande infelicidade, nenhuma bala encontrou o alvo; a correria fora generalizada. Quem pudesse que se salvasse.
Os soldados já não ouviam a voz do comandante, que corria junto ao grupo a levar mordidas. Atiravam sem sucesso. Corriam atordoados, desesperados. Iam para qualquer rumo, trombavam uns nos outros, batiam cabeças. Este momento fora uma “pastelada”, segundo narraram, mais tarde, os homens freqüentadores da copa da jaqueira.
Ao final os soldados encontraram o caminho de volta para a viatura. Exaustos, aniquilados ficaram ali, cercados pelos cães, que, em redor do carro, ainda lhes mostravam os dentes e rosnavam.
Ao volver a chave no contado, o soldado Jarbas, deu com extremo pesar a má notícia ao seu comandante: _Cabo Antão, o rabecão está novamente sem partida, teremos que descer e o empurrar.
Ninguém acreditava no que Jarbas dizia. Era má sorte demais para tão poucos soldados. Naquela altura dos fatos, deveras amaldiçoavam o forasteiro. E agora passavam a crer na teoria da origem nefasta daquele sujeito fedorento no centro da praça. Criam até que seria ele, realmente, o causador de todo o distúrbio que assolava a pacata cidade.
Resultou que os soldados ficaram presos na viatura, onde certamente o calor era ainda maior do que fora. E o forasteiro seguia em sua leitura, indiferente a tudo o que acontecia. E o povo, revoltado, exigia providências imediatas das autoridades.
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