Pilosa vida! E quando ela abriu a porta do seu mundo ela abriu mesmo. Abriu a porta da frente, escancarou-a. E não foi que o remelento resolveu sair justamente pela porta dos fundos, a que se reserva ao despejo do sujeito sem honra, da sujeira. Já era! Já foi. E o coração galopava e parecia tudo estar completo quando estava ao lado dele. Foi verdadeiro enquanto durou e durante um bom tempo bom. E que pena, que pena que acabou! Poderia ter se casado com ele, ter tido filhos com a cara dele, meninos e meninas. Geraria com gosto filhos daquele homem em quem ela sempre reconheceu algo do crápula romântico que fora seu pai. Ele era duro de grana, feio de compleições, não tinha nem onde cair morto sem fazer prestações no cartão de crédito, mas ela o amou com todo o coração que dispunha no momento. Não se importava com a vida modesta que ele lhe prometia. Perdeu completamente o juízo. Entregou-se de uma maneira que atualmente não se vê nem na tevê e nem nos livros mais ou menos r...