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Mostrando postagens de outubro, 2014

NORMANDO, O PARANORMAL

NORMANDO, O PARANORMAL Para Normando, o mundo das coisas visíveis era simplesmente o esconderijo das coisas invisíveis. Numa noite tumultuosa e tempestiva, uma em que os ventos balouçavam furiosamente as janelas e deitavam as copas das velhas árvores quebrando galhos e guinchando assovios infernalmente agudos, Normando acordou ao sentir um repelão no pé esquerdo, que pendia para fora dos limites do colchão durante a agitação causada por um horrível pesadelo. Levemente angustiado, Normando sentou-se à beira do leito, olhou no relógio de cabeceira, que marcava 03h33min, sentiu o corpo todo dorido e ainda com a impressão de ossudas e nodosas garras em torno de seu tornozelo, ainda meio besta sob a sedação do sono, sentou-se à beira da cama e procurou por suas pantufas tateando com as plantas dos pés. Primeiro, na lateral da mesma por sobre o tapete branco encardido de tricô, depois, embaixo da mesma. As pantufas haviam desaparecido mais uma vez. Lamentou o fato recorre