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Mostrando postagens de junho, 2013

VIDINHA E O PEDINTE DO AMOR

O andarilho parou diante à empresa, observou o letreiro ao alto, certificou-se de não haver nenhum segurança e adentrou pela recepção do setor onde ela era recepcionista e foi ter direto diante sua mesa: “Oi! Você tem aí um trocado? Qualquer moedinha serve. Só um trocado pra um pobre coitado. Estou com fome, com sede, o de sempre. Mas vejo que você é bonita. Acho que estou apaixonado por você..., Vidinha. Não é que você é mesmo lindinha..., Vidinha! Eu troco um trocado por um beijinho seu, linda. Vamos embora daqui, Vidinha. Vem comigo pelo mundão sem fim e sem fronteiras”. Por mais repentina e inusitada que fosse a proposta do mendigo apaixonado, Vidinha, que não se chamava Vidinha de fato, é claro, por um momento sentiu-se enternecida e lisonjeada pelo modo cativante com que o andarilho do amor revelou sua paixão repentina e fulminante. Nos dias seguintes, todos os dias, nas vezes em que entrava e saía da empresa, lá estava sentado à porta, todo sujo e roto, o andarilho do amo

GENYSIS – O PAI DO CHICO

“Ela disse que é pro senhor entrar” indo à frente, adentrando e seguindo pela casa, falou a cuidadora ao visitante, que respondeu com um gesto positivo de cabeça e seguindo após a mulher. Havia no corredor, inundado por uma fina nevoa de luz solar salpicada de filamentos de poeira, um grande retrato em preto e branco de uma moça em traje de festa e com um largo sorriso de graúdos dentes de perolas. Ainda no corredor, seguindo à direita do visitante, à porta de entrada do vestíbulo onde a anciã o aguardava, havia uma cômoda repleta de relíquias, imagens de santos, bibelôs e porta retratos. “Parece que ela está dormindo. Mas o senhor pode falar com ela. Se ela não acordar, o senhor terá que voltar outra hora” explicou a mulher. “Dona Eulália, bom dia! A senhora está me ouvindo?” “Perfeitamente, meu caro. Mas quem é senhor?” “Sou o escrevente que a senhora pediu para que chamassem.” “Sim. Claro! Seja bem vindo! Qual o seu nome, meu filho?” “José.” “José?” “José.” “Ah, José!..., o senho