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Mostrando postagens de janeiro, 2013

A PEQUENINA MESA DE ARMELAU

Armelau voltou ao trabalho numa quarta feira de céu nublado e com tempo chuvoso. Achou estranho e melhor não comentar, mas sua sala havia sido completamente modificada, sua mesa fora trocada e outras três foram introduzidas no local. Ao fundo da sala, sobre a mesa de tamanho maior, colocaram os pertences de alguém que ele julgou não conhecer. Tratava-se de uma moça, uma moça com um largo sorriso de pérolas e olhos grandes, nariz longo e fino, cabelos escorridos e etc. Na extremidade oposta, em uma das duas mesas de tamanho médio, depositaram os pertences de outra pessoa estranha que sorria no porta retrato com o mar e montanhas por fundo da foto. Tratava-se de outra moça, uma de olhos negros e cabelos negros, lábios grossos e bochechas rotundas, nariz pequeno e etc. E na terceira mesa, uma também de tamanho médio, posicionada junto à parede lateral, além dos pertences, estava outro retrato de alguém estranho. Era o de um rapaz de pele morena, jovem, porém de cabelo falho, de ros

TEMPO DE PENSAR E NÃO DIZER

Não sei se querem realmente saber o que meus olhos andam vendo ultimamente. Olho e fico com o que vi em meu pensamento, guardado em mim mesmo. Penso e logo coloco a chave no buraco da fechadura da porta d a mente . E se um pensamento de abrir a porta, por ventura, me acedia com a intenção de sugerir a exibição do guardado, volvo a chave e a jogo no bolso da camisa azul clara de corte social e botões que ainda não comprei. Compartilhar o que penso? Não tenho tido vontade. Nem sou obrigado. Acho que tudo que havia para eu pensar em segurança já foi pensado e apenas as idéias um tanto quanto originais possuem o apelo do qual necessito para imprimir minhas poupas digitais contra as cretinas teclas enfileiradas no teclado. Não escrevo mais. E acho até mesmo que nunca mais escrever será como já foi em minha vida. O tempo da empolgação agora conhece suas cinzas. Cerquei-me de blocos de notas, pequenas cadernetas, diversas canetas esferográficas pretas, única cor que gosto de usar no papel