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Mostrando postagens de setembro, 2011

EU, O TÉCNICO EM INFORMÁTICA, E A FUNKEIRA

Eu estava com um problema em meu computador de mesa. Ele iniciava e, poucos minutos depois, surgia uma mulher na tela dançando funk sobre um fundo verde fluorescente e o aparelho desligava-se de súbito. Eu perdia tudo o que estivesse fazendo. No início isso acontecia a intervalos regulares de trinta minutos, creio. Com o tempo, os intervalos foram se tornando menos espaçados. Logo chegou ao ponto de absurdos três minutos de funcionamento constante. Por fim, era apenas a dançarina funkeira entusiasmada a exibir sua condição física de atleta antes do apagão vindouro. Comentei com um amigo, que me indicou um técnico dizendo que o sujeito era bom e praticava preços justos - ‘preços justos’ é um conceito bem interessante em se tratando de relações comerciais. Tomei o aparelho e fui ao profissional bem recomendado. La chegando, o cara me recebeu muito bem. Atendia em um velho sobrado, onde funcionava sua oficina, loja, lan house e casa. Exibiu seu conhecimento em informática, que parecia amp

LENÇÓIS MOVEDIÇOS BRANCOS DE CETIM

O que não me pertence eu não ofereço a ninguém. Amor dos outros é amor dos outros, é sagrado. Um amor inspirado em um inverno de umidade extremamente baixa é um amor praticamente fadado ao fracasso. É um amor que supostamente não resistirá às primeiras chuvas primaveris. É um amor seco, árido, opaco, sem futuro. Admita. Admita que os versos contidos nas parábolas e elipses do vôo ininterrupto do beija flor cego duram até que seu coração pare de bater, pois o pavor de pousar lhe faz versar até o último pulsar em seu diminuto peito amante da vida. Queira logo um gole do vinho tinto sagrado com o qual o mestre brindava aos seus principais convivas e comensais. Queira em vida, e vida abundante. Queira enquanto o teu querer é capaz de mover montanhas. Não tenho nenhum dragão para enfrentar. Ai de mim assim, sem dragão medieval para enfrentar, sem dragão asiático para mitificar, sem uma Harley Davidson para montar! Não tenho uma rainha para saudar, e isso é melancólico como a cólica seguida