Pular para o conteúdo principal

DOIS COPOS COM ÁGUAS

_Ele hoje não quis comer nada. Ele só come comigo, sabe? Não aceita que mais ninguém lhe dê alimento, seja liquido ou sólido. Ela disse isso de pé ao lado da cama do doente. Fazia três meses que ela estava encarregada do enfermo e dos cuidados da casa. Entrava às sete e ia embora às dezessete; tinha duas horas de almoço.
Ela gostava de olhar para o enfermo com ar de piedade e exclamar: _Coitado! E completava com outra de suas frases prontas preferidas: _É duro o fim da vida da gente!
O homem não dizia nada. Estava consciente, porém reservava as suas falas para reagir com alegria, caso chegasse alguém muito querido e estimado, ou mesmo zangar-se, em caso de algo lhe contrariar; como ocorreu na ocasião em que Cleuza lhe derramou água na blusa de seu pijama enquanto o servia no leito. Disse ele, com surpreendente firmeza na voz: _Não! Assim não uai! Cê tá mi moiando tudo.

Cleuza não podia ver qualquer pessoa que se aproximasse, e logo reiniciava seu discurso; ela dizia: _Coitado! Eu tenho “muita” dó dele. Ele não aceita que eu vá embora. E baixinho, em tom confidencial, como se quisesse evitar que a esposa do enfermo ouvisse, ela completava: _Por ele eu ficaria aqui vinte e quatro horas por dia, de domingo a domingo; mas o que eu posso fazer? Tenho minha casa pra cuidar, meu marido.

Conforme Cleuza ia firmando sua importância através de seu trabalho e suas frases prontas, dona Elvira, a esposa do enfermo, cada vez mais se encolhia. Dona Elvira não era mulher de personalidade fraca; era pequena, porém enérgica e autoritária. No entanto, três meses após a admissão de Cleuza, Dona Elvira tornara-se irreconhecível.
Os filhos atribuíam a mudança de postura de dona Elvira ao momento delicado que atravessava com o marido cada vez mais moribundo.
Mais três meses se passaram e o enfermo não piorou nem melhorou. Lúcido, porém apático, sonolento...
Dona Elvira é que se encolhia cada vez mais e mais. Ela já não atendia à porta para receber as visitas; mesmo quando eram os filhos que chegavam. Não proferia ordens para a realização das tarefas domésticas. E, em muitas ocasiões, sequer era possível percebê-la dentro da casa. Quando era vista, estava sempre com um copo d’água numa mão e um terço na outra, sussurando, acompanhando a reza pela televisão: _Esse padre é muito feio e grita muito, credo! Ela dizia enquanto “bentificava” a água.

Mais um mês, e dona Elvira praticamente sumiu de vez dentro do próprio lar. Agora quem acompanhava à reza pela televisão era dona Cleuza, enquanto Elvira enxaguava uns paninhos, fazia uma sopinha, e lhe trazia dois copos com água; sendo um para a reza, que não podia parar, e o outro era para dona Cleuza beber. E ai de Elvira se por esquecimento não trouxesse a água de beber bem gelada.


Comentários

  1. Sem duvida isso tudo nos faz pensar em muitas coisas, quantas "donas Cleuzas" deixamos entrar na nossa vida, por comodidade, fraqueza, ou descaso.
    Abraço
    Bell

    ResponderExcluir
  2. Interessantíssima!! Vc soube, com suas palavras, avaliar o que ocorre diariamente: somos invadidos, por pessoas, por coisas, emoções... Normalmente, esse feitoo faz com que o invadido se anule, que aceite o que, aos pouquinhos, lhe é imposto. Mesmo as edificações mais resistentes podem ser ruídas pela base; o nosso alicerce nem sempre aguenta o tranco das relações. Temos que nos vigiar e nos fortalecer sempre.
    Grande abraço.
    Sucesso!

    ResponderExcluir
  3. Maravilhosa Crônica! sensibilidade, amizade, relação social, inversão de papéis, mistério
    Parabéns! escreve muito bem, faz o leitor enxergar a cena, as emoções.
    LIndoo Amei

    ResponderExcluir
  4. Muito bom o texto!
    E adorei o blog, vou acompanhar.
    :)

    ResponderExcluir
  5. Belo texto.
    Visita?
    http://girlteen-s2.blogspot.com/
    Participa dos quadros se puder.

    ResponderExcluir
  6. Continue a escrever. A escrita sobre a natureza das pessoas comuns pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que o lêem.

    Ofélia

    ResponderExcluir
  7. Olá Jefh, seu blog é extraordinário! Suas crônicas possuem o seu bom humor com uma pitada crítica à sociedade que nos norteia.
    Escrevo também, mas meu blog é minha grande fonte de pesquisa onde posto sobre tudo relativo à arte e vida. Não quero perder o contato blogueiro e espero vê-lo seguindo o www.tribarte.blogspot.com também. Sua comunicação é perfeita com seu público.
    Gostei do projeto um milhão de amigos!
    Li outros textos e agradei-me também.
    Parabéns! Um grande abraço, Aline Carla.

    ResponderExcluir
  8. Nossa, q texto marcante...
    Vc escreve mto bem mesmo, e conheço situações como esta que vc acabou de descrever, suas cr^nicas são reais, parecem "causos" de algum conhecido.
    Mais uma vez parabéns!

    www.diariodequase30.blogspot.com

    ResponderExcluir
  9. O pior é que isso acontece mesmo. A autoridade da Cleuza era muito maior que a da dona Elvira. Ela apenas disfarçava, mostrando cuidados e descuidos "Não propositais", para disfarçar seu domínio diante da situação. Meu pai ficou 13 anos no leito. Lúcido ao ponto de quando não mais andava, exigir um enfermeiro que fosse homem, mas eu sentia que ele tinha medo do enfermeiro e medo de perde-lo. É realmente uma situação tipo a do filme: "ATA_ME", onde a personagem acaba dependente de seu sequestrador.

    Belíssimo texto que com certeza ajudará muita gente.

    Parabéns, Jefh!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  10. Muito obrigada pelo seu comentário e parabéns pelo excelente texto, principalmente pela "inversão" de comportamentos esperados por parte das personagens.

    ResponderExcluir
  11. Oi Jefh, tudo bem? Primeiramente gostaria de dizer que foi um prazer imenso ter sua visita e comentário no Blues na Veia que agora se tornou o Miscelânia Recorde. Infelizmente eu me ausentei e meio que abandonei este blog musical, no entanto, infelizmente só vi seu comentário hoje, postado em Abril do ano passado!!! Não achei aquela postagem, pode me mandar em link no Valeartenaveia? Este é o meu blog mais movimentado, ok? Gostei bastante da sua criatividade neste post. Vou te seguir. Abraços

    ResponderExcluir
  12. Muito, muito boa tua crônica. É realmente incrível como algumas pessoas têm a capacidade de anular quem as rodeia. E o pior! Muitas vezes a gente nem percebe.
    Jefh, eu usei uma frase tua para finalizar um texto meu: Mexa-se. Se puder, dê uma olhadinha.

    Abraços

    ResponderExcluir
  13. Primeiro, obrigada pela visita em meu blog...
    Seu texto nos faz pensar, e isso é muito bom.
    Muitas vezes julgamos as pessoas, "Que personalidade forte", porém não percebemos que ali dentro mora uma alma fraca que será dominada com facilidade. Acredito que D.Cleuza usou o poder de suas afirmações p/ , aos poucos, tomar o lugar da esposa. Com suas palavras "inocentes" enganou a todos.
    Gostei muito de ler, me fez refletir nas atitudes que tomamos diante de situações que ocorrem em nossas vidas. Grande abraço.

    ResponderExcluir
  14. Estimado amigo, se assim já posso chama-lo,fiquei muito feliz por voce se dedicar minutos do deu tempo para visitar o meu Blog FALA MALANDRO, obrigado. Mas muito mais feliz por voce me convidar a ler e sentir coisas tão lindas , parabens pelas cronicas , se ainda não tem assim que tiver o seu livro gostaria de ser informada para poder adquiri-lo.
    Quanto a cronica para quem ja esteve ou melhor achou que ainda estou(será?) , já viu muitas Dona Cleusa e dona Elvira passar pela vida .........
    Saudações dos novos amigos Marisa e Pedro

    ResponderExcluir
  15. oi vim te parabenizar pelo comentário no blog da Malu.
    Tens razão, muitos vem, mas poucos os que ficam.
    fica com Deus.

    ResponderExcluir
  16. A vida é uma cena dessas, sem teatro... Mas estou certa de que só ocupam nosso lugar no espaço quando permitimos. A inversão de pápéis ocorre quando fazemos pouco de nossas missões , deixamos que outro as façam, e por comodismo deixamos que alguém receba nosso troféu para não termos o trabalho de levantá-lo. Essa é a vida real, sem o mínimo de ficção.
    Atitude é a palavra de ordem! (Re) agir traz resultados e se nos acomodarmos apenas esperando que estes venham enquanto estamos parados, perderemos a chance de sermos construtores de nossa própria história e autores de nossa identidade!
    Parabéns pelo blog! Valeu pelo comentário no meu...
    Alimento também o www.aquitemeducacao.blogspot.com
    www.aquiteminclusao.blogspot.com
    e
    www.carlacinara.blogspot.com

    ResponderExcluir
  17. Ah! Cairia muito bem um veneno no copo com água gelada!kkk (Numa história ficcional, óbvio!)

    ResponderExcluir
  18. Olá, Jefh!

    Vim retribuir a visita e agradecer os elogios...Adorei seu texto, vou visita-lo mais vezes pra ver todo o blog.

    Quanto a minha foto, não senti dores nas costas não. Usei um ponto de equilibrio e equilibrio não nos deixa sentir dor... foram anos de treino. Fique a vontade para visitar/acompanhar meu blog.

    Abraço.

    ResponderExcluir
  19. Veríssimo que se cuide, pois o cronista aqui chegou!!
    Parabéns!!! Adorei seu estilo!!

    Beijos.

    ResponderExcluir
  20. Olá, primeiro muito obrigada por visitar meu blog. Segundo, parabéns por suas crônicas, elas são muito boas, você deixa claro os sentimentos que quer transmitir para o leitor sem contar que fala sobre temas super importantes na vida de qualquer pessoa (Como sua crônica: “Dois copos com águas”)! Adorei! Já estou te seguindo! Sucesso
    Abraço
    http://livrosefuxicos.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  21. Nossa, muito bom o texto!

    Posso dizer que, em vários momentos de minha vida, eu me sentí uma verdadeira 'Elvira'...

    Uma Elvira nos piores sentidos: Fraca, fraca, fraca. Até que, parei de me lamentar e resolví dar a volta por cima: foi quando descobrí que posso ter a força de uma 'Cleuza', sem que para isso, eu precise me tornar um tornado destruidor. Precisamos apenas da força necessária para defender os nossos sonhos, com unhas e dentes.

    Ninguém (eu repito, NINGUÉM!) tem o direito de nos tirar nossos sonhos... E se eles tentarem fazer isso, então eles são verdadeiras 'Cleuzas' em nossas vidas. Dessa maneira, não podemos nos comportar como 'Elviras': temos de reconhecer a 'ameaça' quando ela chegar e... reagir. ^^

    Na verdade, acho que somos seres dicotômicos e complexos por natureza, como retrata a mitologia grega (sim, eu gosto muito dos mitos). Temos de aprender a lidar com a nossa natureza multi-facetada.

    Se estivermos nos sentindo numa fase 'Elvira', que não nos deixemos contaminar pelas 'Cleuzas' da vida.

    Mas se estivermos numa fase 'Cleuza', nós só precisamos procurar nos afastar de outras 'Cleuzas', não acham?

    Uma 'Cleuza' reconheceria a outra, acredite. Nós só não a reconheceríamos, se estivéssemos numa fase 'Elvira'. :D

    Muito obrigada por compartilhar. ^^

    ResponderExcluir
  22. Oi,
    Muito boa a sua crônica...adorei o seu jeito de escrever... limpo, simples, direto... Já tive uma Cleuza na minha vida e consegui me livrar... espero nunca mais passar por isso!Parabéns e já sou sua seguidora!

    ResponderExcluir
  23. LEIA
    Li e gostei. Os 2 copos de água, como ela é transparente e envolvente. Lá vai o que penso do texto...
    Pode existir personalidade forte diante da incapacidade humana de lidar com o final da vida, dom dado aos homens por DEUS ?É possível que a instrospecção e a perplexidade ao lidar com o desconhecido fez a Elvira não gastar seu tempo com a CLEUZA - mulher que por não estar envolvida emocionalmente, olha apenas para si mesma querendo destacar-se diante da adversidade alheia. Puro egoismo. Quem AMA sofre principalmente quando percebe que nada pode fazer a não ser CLAMAR AO TODO PODEROSO.

    ResponderExcluir
  24. Interessante suas palavras Jefh.Mesmo a personagem de Dona Cleuza sendo tão negativa, na verdade, ela se manifestava enquanto a outra,Dona Elvira, foi se resignando e aceitando tudo o que era imposto.
    Precisamos saber como nos expressar e rejeitar o que nos põe pra baixo...
    Abraços

    ResponderExcluir
  25. Oi, que bom que você esta no meu blog, obrigada pela atenção.
    Quanto ao texto, simplismente maravilhoso, e olhando como educadora, vejo ai o quanto ele se encaixa na educação onde muitos por comodismo, se deixam levar e nada fazem pra mudar a situação apenas aceitam ....muito bom vou segui-lo sempre adorei suas postagens .
    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  26. Olá jefh, tudo bem contigo?
    Obrigada por sua visita no meu cantinho, já me infiltrei por aqui,rs..obr pelo convite de ler a cronica, ao que quero lhe dar os parabéns, é uma excelente cronica, e a forma como a história se desenrolou ficou muito boa, principalmente pelo final, e a atitude comportamental da Cleuza e da Elvira!

    Parabens meu amigo...tudo de bom pra vc, seja bem vindo ao meu cantinho, volte quantas vezes quiser...
    Bjão!

    ResponderExcluir
  27. Antes de nada , obrigada por ter visitado o meu blog.
    Acabei de ler a sua crónica e terei o maior prazer em segui-lo.
    Achei o texto um excelente exercício de observação dos jeitos e trejeitos da personalidade humana, dos maneirismos quase vampirescos de quem, subrepticiamente se insinua, usurpa e se apropria do alheio.
    Notável a observação, muito vivo o relato, convincente a mensagem.
    Parabéns, Nina

    ResponderExcluir
  28. Adorei Jefh! Visitarei outras vezes, parabéns!
    Carla.

    ResponderExcluir
  29. Obrigada por sua visita, me surpreendi quando vi o seu comentário, afinal, o blog é novo e quase ninguém sabe dele.
    O texto me fez refletir, como as pessoas se enganam em relação a outras, Elvira enérgica e autoritária, mas mudou completamente com a doença do marido, melhor dizendo, ela acabou mostrando como realmente era, de certa forma,porque antes ninguém a intimidava, quando isso acontece com alguém que conhecemos ou nos surpreendemos ou nos chocamos.Não quero nem comentar sobre a Cleuza, pois o que realmente chamou-me atenção foi sobre a personalidade de D. Elvira, que acabou servindo a quem foi colocada dentro de sua casa para servir.

    ResponderExcluir
  30. Obrigado pelo comentário em portifoliopeagah.blogspot.com, caro Jefh!
    Adorei o seu blog e, pode ter certeza, serei um dos seus mais ávidos leitores. Só podia ser alguém da terra do Tas para ser tão genial.
    Parabéns e volte sempre!

    ResponderExcluir
  31. Bell, pois é. [sorrio]. Abraço e obrigado por sua atenção!

    Gi, obrigado! Sigamos de olhos bem abertos nessa vida. [sorrio]. Abraço!

    Manuella Epaminondas, obrigado! Obrigado! Você é muito gentil. Um enorme abraço pra ti!

    Lídia, seja muito bem vinda, querida! Espero que goste. Um grande abraço e obrigado!

    Mariii, obrigado! Irei conferir. Abraço!

    Ofélia, muito obrigado pelo incentivo! As suas palavras são valiosas. Um enorme abraço!

    Julliany Kotona, conto contigo, linda! Um grande abraço e muito obrigado!

    Aline Carla, obrigado por sua atenção e comentário! Você é muito gentil. Espero mantermos mesmo contato. Isso é muito importante. Sucesso! Abraço!

    Anne Leandro, é tudo isso mesmo, um monte de mentiras amarradas a um monte de meias verdades feito a vida. [sorrio]. Um grande abraço e muito obrigado!

    Mirze Souza, que bom poder contar com sua sensibilidade em mais um de meus textos! Muito obrigado, linda! Um grande abraço, e entre Cleuzas e Elviras caminha a humanidade. [sorrio]. Abraço!

    Die, sou eu quem lhe agradece. Um grande abraço!

    Valéria de Oliveira, obrigado por sua atenção. Incrível isso! A comunicação tarda mas não falha. [sorrio]. Não sei se encontrarei a postagem para enviar o link, mas lhe enviarei algo. Abraço!

    Malu, estou indo ver. Obrigado por sua atenção! Um grande abraço!

    SM, prazer o meu em ter sua leitura e receber o seu comentário. Obrigado e um grande abraço!

    Marisa e Pedro, saudações! Prazer imenso lhes receber. Não tenham dúvida que o nome do blog de vocês está entre os mais espirituosos da internet. Muito bom! Fala Malandro! Fala que eu te escuto. [sorrio]. Grande abraço e de Cleusas e Elviras o mundo está repleto.

    Soniaconsult, obrigado por sua atenção! Um grande abraço!

    Carla Cinara, obrigado! É bem verdade, de modo geral, perdemos espaço justamente quando nos encolhemos. Atitude é a palavra. Abraço! Um veneninho, eim... [sorrio]

    Carolina, trabalho com exercício físico, fiquei impressionado com a sua manobra. E agora fico ainda mais em saber que sustentar-se daquela maneira não lhe causou dor. Impressionante! Obrigado por vir! Grande abraço!

    Renata Scarpino, não sou digno. Sabe o que penso quando leio Veríssimo? Penso: Gênio. Genial! Caraca! Muito bom! GÊNIO! Gênio! Genial... Muito obrigado, linda! Você é deveras gentil! Abraço!

    Pah, muito obrigado! Seu comentário me enche de ânimo! Um grande abraço! Seja muito bem vinda! Sempre!

    Samy, ao ler o seu comentário, e ver como traçou o perfil de cada personagem, fiquei muito lisonjeado. Achei fantástica a maneira como você veio usando cada uma como um perfil de personalidade distinto. Adorei! Obs. Não pude deixar de notar que entre Elvira e Cleuza, você é mais você. [sorrio]. Abraço! Obrigado!

    Denise, eu tento ser direto sim. Você é muito gentil! Obrigado por seu apoio! Abraço! Seja bem vinda!

    Leia, gostei muito da leitura que fez. Obrigado por partilhar aqui! É incrível como quanto mais analisamos uma situação mais aspectos se destacam. Obrigado! Um grande abraço!

    Gisele Vargas, muito bom. Precisamos estar atentos. Um grande abraço e muito obrigado!

    NTM_Kátia, seja muito bem vinda! Obrigado por acrescentar o seu ponto de vista a este texto! Um grande abraço! Muito honrado!

    Cristina Lira, muito obrigado! Você é muito gentil. Tudo de bom! Abraço! Bjão!

    Nina, muito obrigado por compartilhar a sua leitura! Um enorme abraço, linda!

    Carla, eu lhe aguardo. Um grande abraço! Obrigado!

    Alicia Macc, pobre D. Elvira! [sorrio]. Muito obrigado por sua atenção. Um grande abraço, linda!

    Paulo Ferraz, você é muito gentil, amigo. Eu sou um cara comum, mas o Tas realmente arrebenta. Acredita que fui vizinho do cara quando eu era garoto? É sério! Conto contigo. Grande abraço! Saudações ituveravenses!

    ResponderExcluir
  32. Muito interessante o seu texto. Fez-me pensar bastante sobre alguns atos corriqueiros, os quais banalizamos, e que, muitas vezes, acabam por destruir-nos lentamente...

    Obrigado pela sua visita ao meu espaço e espero sempre poder contar com a sua presença.

    Vítor Corrêa

    ResponderExcluir
  33. Olá, obrigada por visitar meu blog! Gostei muito da sua crônica!Na vida é preciso unir forças para vencer situações, mas nunca deixar de ser o que é, mostrar toda a sua força! Parabéns pelo blog! Show!!!

    ResponderExcluir
  34. Eu postei um outro comment lá na Sekai, mas vou postar aqui também, porque...

    Sim, eu acho que você está certo. Infelizmente (ou felizmente?) eu acho que eu sou 'mais eu'. *egocêntrica-até-o-fim* kkk...

    Ah... quer saber?! Vamos jogar a hipocrisia de lado, ne? Eu aprendí a gostar de quem eu sou, então... xD

    No meu comentário anterior, eu passei a impressão de que as considerava (a Cleuza e a Elvira) tão distintas assim? Na verdade, não foi minha pretensão.

    Os 'comportamentos' que elas apresentam naquelas circunstâncias, são distintos, mas os seres-humanos que elas são, permanecem igualmente complexos, dicotômicos e propensos ao bem e ao mal.

    O que eu quis dizer, quando falei que todos nós temos nossas 'fases' de 'Cleuza' e 'Elvira', foi que nós carregamos dentro de nós a propensão para desenvolver qualquer tipo de comportamento, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos.

    A Elvira se mostrou daquela maneira diante da Cleuza mas, provavelmente, ela devia se mostrar enérgica e voluntariosa diante de outras pessoas que não fossem a Cleuza, por exemplo.

    Cada um de nós, nos sentimos mais 'fortes' ou mais 'fracos', diante de tal ou qual pessoa.

    Eu, por exemplo, me sinto uma Cleuza diante da minha mãe, mas sou uma Elvira, para com meu pai.

    Foi isso que eu quis dizer, quando falei em 'fases', mas na verdade, eu deveria ter usado 'contextos', 'situações' ou 'circunstâncias', sei lá. xD

    ResponderExcluir
  35. estive lendo algumas postagens de vossa senhoria,muito interessante algumas crônicas muito bem elaboradas,exemplo da que estou comentando na pág.
    parabéns .
    muita sorte com seu blog "Jefh".
    obrigado ,também gosto de caraguátatuba ótimo lugar para conviver.

    ResponderExcluir
  36. Atores do destino ou coadjuvantes da própria história?? rsrs
    Acho que mandarei uma carta para D. Elvira com essa pergunta!!
    Muito bom Jefh, o acompanharei sempre!
    Abraço!

    ResponderExcluir
  37. Oi ...uauuuuuuuu!!! espero um dia aprender a escrever assim...vim retribuir a visita feita ao meu blog e me deparo com esse lindo texto obrigadaaaaaa quero muito aprender escrever assim...Parabéns e viva a sensibilidade ...
    PARABÉNS!

    ResponderExcluir
  38. Adoro crônicas e com certeza essa me agradou muito.
    Você é simples e direto em sua escrita o que atrai a atenção das pessoas...
    Parabéins ^^

    ResponderExcluir
  39. Jefh, Meu Deus(sorriso)!

    Agradeço a Deus pela sua vida!
    Estive aqui e me senti muito bem.
    Já te sigo tah!

    Abrços,Bom final de semana!

    ResponderExcluir
  40. Primeiro quero agradecer pela sua visita e comentário no meu blog. Sua crônica é uma profunda reflexão sobre a vida. Acomodar-se jamais. Tem sempre alguém querendo tomar a direção. Lindas palavras!

    ResponderExcluir
  41. Olá Jefh!
    Primeiramente,o agradeço pela visita,comentário no Mary Pop e o congratulo pelo seu blogger.
    As relações interpessoais são variáveis e complexas em determinadas esferas.
    Algumas pessoas e em certos ambientes se envolvem, afetivamente, tanto, mais tanto, que acabam se perdendo ou se achando.(rs)E,as relações se misturam,se confundem, mas os papéis não deveriam ser trocados.Portanto, o profissionalismo deve falar mais alto.

    Um abraço.
    Rosemary Quintas

    ResponderExcluir
  42. Ola, sou a Liz do Vc Sabendo Mais.
    Vim retribuir a visita e adorei seus textos. Tornei-me seguidora do seu blog para ler suas crônicas porque gostei de verdade.Parabéns! Um abração.

    ResponderExcluir
  43. Olá Jefh!
    Obrigada pela visita e comentário lá no meu blog.
    Gostei muito do seu cantinho e seu texto é muito bom. Voltarei mais vezes, com certeza.

    Abraços

    ResponderExcluir
  44. Visite também o meu, Talvez goste
    http://inebriar1982.blogspot.com/
    http://inebriarempoemas.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  45. oie, primeiro agradecer pela visita,pelo convite, dizer que sempre que quizer far-me uma visitinha será um prazer. tbm não não posso deixar de dizer que vc é um gato rssssssss. parabéns pelo blog, lindo, adorei, ja estou seguindo, textos maravilhosos, a crônica então, muito boa. retrata uma situação bastante comum no nosso dia a dia, só quem ja passou sabe o quanto é dificil pra ambas as partes, no entanto diante de qualquer situação, o uso de frases feitas com as da Cleuza, se chamado de coitado, faz com que a pessoa se sinta ainda mais coitado. Maiss que bom que ele apesar de está moribundo aida assim se mostrava flexivel e paciente, o que é dificil pra uma infermo ter, enquanto que a esposa se mostrava durona, não passava de uma pessoa fragil, triste e tbm sofrida por não ter coragem de se mostrar como realmente era.
    uum abraço!!!otimo fim de semana!!!fique com Deus.

    ResponderExcluir
  46. que blog interessante, foge bem das coisas comuns, parabens ;)
    ;**

    ResponderExcluir
  47. Jefh..
    será que dona elvira morre..e dá lugar à dona cleuza??

    bjs.Sol

    ResponderExcluir
  48. Olá. Fiquei contente por ter gostado do meu blog. Se quiser seguir meu blog em língua portuguesa, é só clicar no meu link.
    Gostei muito dos seus textos.

    Grande abraço!

    Renata.

    ResponderExcluir
  49. Olá Jefh. Interessante como retratou o processo de transformação ao qual a vida e os seres humanos estão constantemente passando, onde os papéis se invertem e as pessoas conseguem moldar a nossa personalidade sem que ao menos consigamos perceber, fato que acontece em todos os setores nos quais estamos inseridos. Muitas vezes o próprio ser humano se anula, se aniquila do meio em que vive, pela falta de atitude, por deixar que o acaso conduza os próximos passos.

    Adorei a crônica. Obrigada também por acessar meu blog. Um grande abraço e tudo de bom. Sua página é incrível!

    ResponderExcluir
  50. Obrigado pelo comentário no meu blog, já estou te seguindo.

    ResponderExcluir
  51. Tem um selinho no meu blog pra vc. Se vc gostar e quiser... bjs e obrigado por seus textos legais.

    ResponderExcluir
  52. Infelizmente, existem pessoas que têm o pseudo dom de inferiorizar os outros...

    ResponderExcluir
  53. É mesmo, muita gente entra em nossas vidas e tomam conta delas. :/

    http://vidadetwitteira.blogspot.com
    http://alokagente.blogspot.com

    ResponderExcluir
  54. Oi Jefh... Primeiramente agradeço por visitar e comentar no meu blog Viva o Maternal! Você escreve muito bem. O texto nos prende a ele e isso é o máximo. Vou indicar para meu irmão ele também tem um blog na Net. Escreve poemas muito bons. Continue assim... Seu blog é nota 10

    ResponderExcluir
  55. Interessante a história. Devaneios, comodismos, sofrimento. Dona Cleuda precisa ser mais forte que nunca.

    ResponderExcluir
  56. Retribuindo a visita. Muito bom o seu blog. Voltarei mais vezes para ler com detalhes.
    Abraços.

    ramonlamar.blogspot.com

    ResponderExcluir
  57. Gostei muito de seu blog, textos por demais interessantes, inteligentes,...
    Se você não se importar irei ler este em uma das reuniões de HTPC realizadas na escola em que trabalho e indicarei o blog.
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  58. Vítor Corrêa, fico feliz que tenha se identificado com algo do texto. Obrigado por sua visita. Mantenhamos o contato, amigo! Grande abraço!

    ArteNaVeia, muito obrigado! Grande abraço!

    Samy, de qualquer modo, mesmo que eu não tenha ido direto ao ponto, ficou muito legal o seu comentário. Acabou complementando o sentido do texto. Gostei muito. Incrível isso que disse sobre você diante de seus pais! Muito obrigado por compartilhar tudo isso aqui. Sinto-me honrado. Um enorme abraço pra você, moça!

    Ailson, muito obrigado por sua presença e atenção, amigo! Abraços a toda Caraguatatuba! Até!

    Dinha Gonçalves, essa pergunta é fantástica. Mesmo que não a envie à D. Elvira, ela ficou a martelar aqui em minha cabeça. [sorrio]. Obrigado! Conto contigo! Abraço!

    Carol Tafuri, belo sorriso! ;]

    Angélica Lima, você é muito gentil. [sorrio]. Obrigado, linda! Não mereço. Um grande abraço! Boas blogagens!

    Writer, eu sou uma pessoa simples, não tenho nada de sofisticado, tento ser natural quando escrevo. Muito obrigado por seu carinho e atenção! Um grande abraço!

    Elaine Cristina, que coisa linda! Muito obrigado! Você é muito gentil! Um grande abraço! Seja muito bem vinda!

    Míriam Luiza, muito obrigado por este generoso comentário! Um grande abraço! Viva a vida!

    Rosemary Quintas, eu concordo com você. Cada um no seu quadrado, e pra usar outra frase popular, mas com alguma coisa em comum. [sorrio]. Obrigado! Abraço!

    Prof. Elizabeth, muito me honra a sua presença. Seja bem vinda! Conto contigo. Abraço! Obrigado!

    Rejane, seja bem vinda! Venha sempre que puder! Muito obrigado!

    Paty Magu, obrigado pelo convite. Visitarei. Abraço!

    NamorarPelaNetPodeDarCerto, obrigado! [sorrio]. Você é muito gentil. Sim, nada é completamente o que parece ser. Temos que olhar com atenção. Abraço! Bom fds! Fique com Deus também!

    Renata Bezerra, fico feliz que tenha gostado. Conto com sua presença! Abraço!

    Solange, não sei. Vejamos a próxima postagem. [sorrio]. Obrigado pela atenção, querida amiga! Abraço! Bom fds!

    Renata, FAR TUTTO, obrigado! Irei conferir sim. Abraço!

    Graça Santos, isso é tudo verdade. Acontece em todos os lugares, todos os dias. Você é muito gentil. Obrigado! Abraço!

    Irwin Clan, obrigado pelo apoio! Um grande abraço! Boas vindas!

    Celinha, gosto sim. Muito obrigado pela atenção e carinho! Um grande abraço!

    Rosa Carioca, é preciso estar atento, ter força, discernimento. Um grande abraço, linda! E muito obrigado!

    @LuizaFeernanda, cada possui uma vida para cuidar, temos que ter cuidado. [sorrio]. Obrigado por vir. Abraço!

    Flavinha, sou eu quem agradece por sua atenção. Diga ao seu irmão para que venha trazer o link do blog dele, será um prazer visitá-lo também. Um grande abraço!

    Taís Marabá, a vida de Cleuza não está nada fácil! Obrigado por sua atenção! Um grande abraço!

    Ramon Lamar, obrigado! Você é muito gentil! Conto com sua atenção. Um grande abraço!

    Alkarte, será um prazer e uma honra lhe servir. Espero que gostem. Um grande abraço e muito obrigado!

    ResponderExcluir
  59. Derland, aceito o seu convite e agradeço a sua visita. Grande abraço!

    ResponderExcluir
  60. Olá!! Definitivamente você sabe como prender a atenção de um leitor! Parabéns e obrigada pela visita no meu blog. (AC gestao e imagem)

    Sou nova nesse "mundo" dos blogs, estou aprendendo e conhecendo tudo isso.
    Vi que o seu blog tem muitos seguidores e já ganhou "prêmios", quem sabe você pode me dar umas dicas?!

    Agora respondendo a sua pergunta sobre contratar Cleuza: acredito que é preciso ver o seu trabalho de uma forma mais ampla e contextual e não somente pelo o que ela faz ou não.
    Penso que analisar a postura do própria "Dona ELvira" também é válida, pois até que ponto a 'culpada" por essa inversão de pápeis é Cleuza ou Elvira? Será que o trabalho de Cleuza é tão ruim ao ponto de ela confundir os pápeis? ou será que é tão bom ao ponto de ela assumir um papel?!

    Parábens pelo blog, já adicionei nos meus favoritos.

    AHH! O meu blog é sobre recursos humanos e também sobre imagem pessoal no trabalho, estou buscando fazer esse link!!

    Se gostou, espero que volte! :)

    ResponderExcluir
  61. Olá.! Adorei sua crônica. Você tem alguma puplicação? Não deixe de acessar meu blog e deixar seus comentários.

    ResponderExcluir
  62. A empregada assumiu o papel da dona da casa é isso que eu entendi?
    Consequencia de sofrimento,solidão e outras coisas mais.
    Temos que ser forte se a gente ñ quizer ser engolido por um papel ñ adequeado ao momento.
    Beijosssssssssss

    ResponderExcluir
  63. Ei não consigo ler "faltei ao tu velorio" diz que a sua página não contem esse post! Abraços e até mais!

    ResponderExcluir
  64. Thank you.Sempre é bom caminhar ao lado de pessoas que nos deixam uma marca positiva.Estou começando a Blogar a pouco tempo,mas tenho porém sábios que me auxiliam nesse novo percurso em minha vida!E você é uma dessas pessoas ao qual gostei e sigo com muito prazer.

    ResponderExcluir
  65. OI Jefh... Por isso que aqui em casa só contrato mulher feia..rindo. Eu me garanto mas é melhor prevenir do que remediar.
    Falando sério. Adorei seu conto. Bem realistico e com aquela pitada de humor de sempre.Parabéns!!
    Já é um hábito pra mim te ler.
    Obrigada pelo comentário sempre simpático no meu bog. Pareço tonta rindo para o computador.
    Vamos falar de negócios..considero a fonte encomentada. Tecnologia de fonte, do pote, de peixe, eu tenho.... até de carpas eu tenho, devido as minha passagem pelo sumiê.
    Portanto meu amigo, trate logo de ser un autor famoso. Quanto ao financeiro...eu parcelo. Mas ande logo,,porque também serei uma ceramista de sucesso, o o preço das minhas obras tende a subir um tiquinho.
    Mas só pelos maravilhos textos que vc escreve, prometo de dar um desconto. ( rindo )
    bjkas

    Ma Ferreira

    ResponderExcluir
  66. Obrigado pelo carinho.Pra mim é um prazer ter vc em meu blog. obrigado pelos comentários.

    ResponderExcluir
  67. Muito Obrigada pela visita em meu blogguer.. gostei muito do seu, estou participando do site aliás. Gostaria que voltasse a ver meu bloguer,quando desejar, hehe. http://taliawalle.blogspot.com/ abraço

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente. É isso que o autor espera de você, leitor.

Postagens mais visitadas deste blog

Cartas a Tás (20 de 60)

Ituverava, 30 de junho de 2009 Aqui estamos, Tás. Eu e essa simpatia que é Lucília Junqueira de Almeida Prado, autora de mais de 65 livros publicados, capaz de recitar poemas de sua autoria compostos com cantigas de roça, bem como poemas de Cora Coralina, feito uma menina sobre o palco. Estive novamente na feira do livro, engoli meu orgulho de vez e abracei a causa. Fui lá não para vingar-me, com críticas sobre o fabuloso evento, nutridas por minha derrota no prêmio Cora Coralina, mas sim, para divulgar a campanha Cartas a Tás, que agora ganhou um slogan; “Restitua a cidadania do menino encardido que ficou famoso e apátrida”. Tás, você é de Ituverava e Ituverava é sua, irmão. Espero que aprove, meu mestre, pois para servir nesta batalha tive que ser um bom perdedor. E não é bom perder, isso aprendemos nos primeiros anos de existência, acho até que já nascemos com este instinto, pois quando uma criança toma por força algum objeto que por ventura esteja em nossa posse, qual menino não se

O Verbo Blogar

O Blog, á nossa maneira, á maneira do blogueiro amador, blogueiro por amor, não dá dinheiro; mas dá prazer. Isso sim. Quando bem trabalhado dá muito prazer. Quando elaboramos uma postagem nos percorre os sentidos uma onda de alegria. Somos tomados por uma euforia pueril. Tornamo-nos escritores ou escritoras que “parem” seus filhos; tornamo-nos editores; ou produtores; ou mesmo jornalistas, ainda que não o sejamos; tornamo-nos poetas e poetisas; contistas e cronistas; romancistas; críticos até. Queremos compartilhar o quanto antes aquilo que criamos. Criar é uma parte deliciosa do “blogar”; e blogar é a expressão máxima da democratização literária – e os profissionais que não façam caretas, pois, se somarmos todos os leitores de blog que há por aí divididos fraternalmente entre os milhões de blogs espalhados pelo grande mundo virtual, teremos mais leitores que Dan Brown e muitos clássicos adormecidos sob muitos quilos de poeira. Postar é tudo de bom! Quando recebemos comentários o praze

O Cavaleiro Da Triste Figura

Há algum tempo que conheci um descendente do Cavaleiro da Triste Figura. Certamente que era da família dos Quesada ou Quijada; sem dúvida que o era; se rijo de compleição, naquele momento, como fora seu ancestral, eu duvido; porém, certo que era seco de carnes, enxuto de rosto e triste; e como era triste a figura daquele cavaleiro que conhecí! Parecia imensamente distante dos dias de andanças, de aventuras e de bravuras; se é que algum dia honrou a tradição do legado do tio da Mancha. Assemelhava-se a perfeita imagem que se possa configurar do fim. O homem contava mais de 80 anos por aquela ocasião. Era um tipo longilíneo, de braços, pernas e tórax compridos, tal qual me pareceu e ficou gravada das gravuras a figura do Cavaleiro da Triste Figura. Seu rosto longo, de tão retas e verticais as linhas, parecia ter sido esculpido em madeira, entalhado. Um nariz longo descendo do meio de uns olhos pequenos postos sob umas sobrancelhas caídas e ralas, dando aí o ar de grande tristeza que me c