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Mostrando postagens de maio, 2010

Um Dia De Fúria

Ao retornar para sua casa Bronson não havia se dado conta da situação que criou ao partir, atendendo ao chamado do Dr. Mendelson, sem dar maiores satisfações à Frida, que agora se derramava em lágrimas. Em meio à bagunça de fotografias jogadas sobre a cama, Frida chorava compulsivamente, ouvia Marisa Monte e escrevia em um caderno no qual maldizia o dia em que conhecera o marido em prosa e verso, por assim dizer. Ao ver Frida com a velha calça jeans desabotoada, “vestida” somente até as coxas, aquela velha calça que funcionava feito uma armação sólida para que Frida se sentisse “gostosa”, a calça parâmetro para que a mulher ligasse o dispositivo alerta para inicio de dieta, Bronson pressentiu que o momento era bastante delicado. _Bronson, arrependo-me amargamente do infeliz dia em que entrei naquela espelunca para comer a porcaria da famosa coxinha cremosa da Dona Maria. Disse Frida, ao levantar-se da cama, amassando uma folha com as duas mãos e salivando feito um cão raivoso ao ver o

Bom final de semana ou ótima semana?

O que esse pessoal que vive à espera do final de semana está fazendo da semana propriamente dita? Não sei não. Acho que vão viver pouco. Acho que vão viver uma ou duas vezes por semana e olhe lá, pois nem todo final de semana sai conforme o planejado e supre esse anseio desmedido que colocam sobre os pobres sábado e domingo. Vivemos em um tempo em que só há tempo para correr. Um dia a gente para. Ah para! Seja por bem ou por mal, cedo ou tarde. Um dia a vida diz: _Parô!!! Já pra cama, menino! _ou então: _Pro seu caixão, fulano, agora! _ou ainda: _Esqueça tudo. _e no momento seguinte perguntam o seu nome e você já não se lembra mais. Fui exagerado? Bem, devo admitir ter sido um tanto drástico, mas você não pode negar que usei um discurso verdadeiro. Sei lá. Eu não gosto de posar como “auto-ajudante”. Não tenho essa intenção. Acho que seria meio hipócrita de minha parte ficar dizendo para os outros como devem fazer, quando, na verdade, estou tentando aprender entre acertos e erros. Se be

Presente do Céu

Voltava da roça Findava a tarde Um céu repleto de figuras Em mim só o cansaço Voltando o caminho encompridou Restinga já estava bem lá atrás, Mas ainda faltava tanto... E tanto, na verdade, era poucos quilômetros mais Não havia música nem rádio Não havia assunto nem ânimo Só queria chegar para descansar Olhei para o céu e vi: Um útero, uns ovários, umas trompas de falópio É cada coisa que essas nuvens formam! Obs. Quase nada que escrevo é completamente fiel à realidade. Na maior parte do tempo algo me inspira e eu misturo com o resto de tudo e faço as pontes. Mas dessa vez foi ao pé da letra. E após 36 anos de céu sobre minha cabeça, eis a imagem que se formou. Saudade de casa? Certamente. Obs II. Em meu blog eu postei um presente que recebi do céu. Literalmente. E agora venho lhe convidar para dar a sua contribuição em forma de comentário. E se achar que mereço o seu apoio, vote em meu blog para o Prêmio Top Blog 2010. Mas se você também estiver concorrendo na mesma categoria que eu (

O Diário de Bronson (11 - Continua O Chamado)

Terminada a prestação de favor de Bronson, Dr. Mendelson lhe pediu para que guiasse a cadeira de rodas até a varanda que dava de frente para uma bela piscina azul. Chegando ao destino, o velho médico disse: _Aqui está ótimo, Bronson. Puxe uma cadeira e sente-se. Vamos conversar. Bronson cumpriu o que Dr. Mendelson lhe ordenara e sentou-se. Dr. Mendelson, voltando o rosto para trás, gritou em direção ao interior da casa: _Maria! Maria! Que raio de mulher para não ouvir quando chamo; Maria traga-me o jornal; você esqueceu-se de recolhê-lo novamente? E voltando-se para Bronson completou: _Maria é uma bela flor, porém, esquecida como se dormisse em vigília. Logo em seguida chegava Maria com o jornal para o ancião. Ele o tomou sem agradecer e fez um breve comentário sobre a manchete de capa. Bronson permaneceu mudo e em seguida empurrou a cadeira para trás e disse que se já não era útil sua presença precisava partir. Dr. Mendelson interpelou-o dizendo que ainda era cedo, e além do mais ele,