Ituverava, 02 de outubro de 2009.
O amor é lindo e incondicional. Quem duvidou de um final feliz para a "Santinha", Nathalia Dill, aí está a bela a contracenar com o ator ituveravense, "Óia o Truvão".
Quem via o pangaré do Tas, a trotar nas comemorações da semana da pátria, pelas ruas de nossa bela morena rubra, Ituverava, jamais imaginaria que aquele parente de asno se tornaria um ator famoso.
O eqüino era meio difícil, trotão, avesso a um cabresto, ruim de cela, como dizem por aqui. Mas o jovem Tás tinha algo em sua voz, em seu jeito, que encantava as bestas e essas lhe seguiam onde fosse, como a um flautista de Hamelin, porém sem flauta, apenas com os lábios a assoviar estridentemente.
“Óia o Truvão” era um “podro”, como dizem por aqui, hostil, traiçoeiro, indomável. Tás era garoto de sete anos, ainda não dizia uma palavra, todos o achavam um menino estranho, problemático. Era uma manhã de céu fechado, tempo nublado, quando o pequeno se colocou escorado na cerca de madeira a observar a fúria do animal que nenhum peão conseguia dominar.
Todos haviam tentado em vão, muitos juraram jamais repetir a empresa de amansar aquele bicho “demoníaco” como diziam, até que o menino franzino, afásico, das finas canelas de passarinho, abdome proeminente e cabeça de queijo graúdo se aproximou. Estendeu a mãozinha de dedos finos e encardidos num gesto de reclamar uma oportunidade. Atônitos os capatazes atenderam ao garoto. Este subiu de um salto sobre o lombo do animal. Agarrou-se com os dentes na crina do bicho e com as unhas dos pés e das mãos atracou-se no lombo do animal. Ao sentir que o animal partiria a escamotear cravou as unhas além do pelo do pobre, indo encontrar as carnes do bicho. “Óia o Truvão” disparou na direção de Capivari da Mata, e tanto o eqüino como o garoto só foram encontrados ao amanhecer do dia seguinte. Ambos extenuados. O animal vinha a passo lento, mal sustentava o peso do garoto de pouco mais de 20 kg, que dormia, porém sem desatrelar-se do couro do bicho.
Todos festejaram muito a façanha do garoto Tas. O cavalo tornara-se o mais belo da região, bem como o melhor adestrado e mais manso, revelando-se um prodígio da raça, sendo capaz de decorar um texto para a novela, cujos muitos atores globais fracassariam se tentassem.
O eqüino era meio difícil, trotão, avesso a um cabresto, ruim de cela, como dizem por aqui. Mas o jovem Tás tinha algo em sua voz, em seu jeito, que encantava as bestas e essas lhe seguiam onde fosse, como a um flautista de Hamelin, porém sem flauta, apenas com os lábios a assoviar estridentemente.
“Óia o Truvão” era um “podro”, como dizem por aqui, hostil, traiçoeiro, indomável. Tás era garoto de sete anos, ainda não dizia uma palavra, todos o achavam um menino estranho, problemático. Era uma manhã de céu fechado, tempo nublado, quando o pequeno se colocou escorado na cerca de madeira a observar a fúria do animal que nenhum peão conseguia dominar.
Todos haviam tentado em vão, muitos juraram jamais repetir a empresa de amansar aquele bicho “demoníaco” como diziam, até que o menino franzino, afásico, das finas canelas de passarinho, abdome proeminente e cabeça de queijo graúdo se aproximou. Estendeu a mãozinha de dedos finos e encardidos num gesto de reclamar uma oportunidade. Atônitos os capatazes atenderam ao garoto. Este subiu de um salto sobre o lombo do animal. Agarrou-se com os dentes na crina do bicho e com as unhas dos pés e das mãos atracou-se no lombo do animal. Ao sentir que o animal partiria a escamotear cravou as unhas além do pelo do pobre, indo encontrar as carnes do bicho. “Óia o Truvão” disparou na direção de Capivari da Mata, e tanto o eqüino como o garoto só foram encontrados ao amanhecer do dia seguinte. Ambos extenuados. O animal vinha a passo lento, mal sustentava o peso do garoto de pouco mais de 20 kg, que dormia, porém sem desatrelar-se do couro do bicho.
Todos festejaram muito a façanha do garoto Tas. O cavalo tornara-se o mais belo da região, bem como o melhor adestrado e mais manso, revelando-se um prodígio da raça, sendo capaz de decorar um texto para a novela, cujos muitos atores globais fracassariam se tentassem.
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