Ituverava, 23 de agosto de 2009.
Ainda muito menino notava-se que aquele garoto era mesmo alguém, digamos, diferente: o que veio a se confirmar anos mais tarde. O garoto que andou somente aos sete anos de idade, falou aos nove e aos doze ia para a escola trajando fraldas por debaixo da bermudinha, era na verdade um astro de rara aparição, como um Cometa Halley que surgia, ou um acontecimento incomum no dia, como um eclipse solar total.
Sua humilde família, gente trabalhadora, em sua maioria rurícola, de mãos calejadas no cabo da enxada ou do facão, logo percebeu que seria impossível comportar os arrojos criativos do menino, seus ímpetos de gênio, seus sonhos de grandeza, sua fome por mundo.
Seu avô, o quilombola Budaquidê Zumbi do Carmo, dizia as margens do rio que corta nossa bela morena jambo, Ituverava: Um quasar é este menino, um quasar! Mal sabia ele que seu netinho seria bem mais que uma quase estrela, seria sim a maior estrela multimídia deste país de proporções continentais.
Queria sempre mais que as cercanias lhe ofereciam, queria explorar seus dons extraordinários para as comunicações. Era como o fruto que oferece ao pássaro suas sementes, com a secreta ambição de alçar vôo no aparelho digestivo da ave, a fim de ser lançado, por que não dizer, defecado, em terra distante, criando raízes e dando bons frutos, que jamais deixaram de ser frutos da terra máter.
Algumas pessoas conseguem olhar para uma pedra disforme, fria e, com golpes de entalhe, libertar de sua mente as mais belas formas, conferindo àquela porção geológica o que os homens chamarão de “obra prima”, “primazia das obras”, “arte maior”.
Outros, diante duma tela vazia, dão vazão as imagens captadas em suas retinas ou criadas em suas mentes, e com tintas e pincéis imortalizam alguém ou algo.
Há aqueles que ouvem um som ecoar em suas mentes e, com seus instrumentos sonoros, talento extraordinário, transferem as mais belas melodias que possam um dia harmonizar, dando-nos prazeres indescritíveis durante uma audição.
E não posso faltar para com aquela espécie de artista, que diante palavras aparentemente frias, constroem as mais lindas poesias, dando asas a nossa imaginação, expressando de forma marcante e única, um sentimento, até então, íntimo.
Enfim; o ser humano possui, dentre os de sua espécie, alguns filhos diferenciados, que, com seus dons divinos, expressam as mais profundas emoções e comovem até os corações mais frios e impenetráveis.Assim é o nosso querido Tás; que se não fincou raízes às margens do nosso Rio do Carmo, leva em suas veias as águas escuras que ali correm; se não mais pisa nosso chão vermelho com os pés descalços, leva em sua pele o cardume que acompanha todo aquele que aqui possui sua origem; e se não presencia hoje nossas belas tempestades de poeira, nem por isso deixa de carregar os grãos deste espetáculo da natureza em sua alma repleta de saudades: Tenho certeza disso, amigo.
Sua humilde família, gente trabalhadora, em sua maioria rurícola, de mãos calejadas no cabo da enxada ou do facão, logo percebeu que seria impossível comportar os arrojos criativos do menino, seus ímpetos de gênio, seus sonhos de grandeza, sua fome por mundo.
Seu avô, o quilombola Budaquidê Zumbi do Carmo, dizia as margens do rio que corta nossa bela morena jambo, Ituverava: Um quasar é este menino, um quasar! Mal sabia ele que seu netinho seria bem mais que uma quase estrela, seria sim a maior estrela multimídia deste país de proporções continentais.
Queria sempre mais que as cercanias lhe ofereciam, queria explorar seus dons extraordinários para as comunicações. Era como o fruto que oferece ao pássaro suas sementes, com a secreta ambição de alçar vôo no aparelho digestivo da ave, a fim de ser lançado, por que não dizer, defecado, em terra distante, criando raízes e dando bons frutos, que jamais deixaram de ser frutos da terra máter.
Algumas pessoas conseguem olhar para uma pedra disforme, fria e, com golpes de entalhe, libertar de sua mente as mais belas formas, conferindo àquela porção geológica o que os homens chamarão de “obra prima”, “primazia das obras”, “arte maior”.
Outros, diante duma tela vazia, dão vazão as imagens captadas em suas retinas ou criadas em suas mentes, e com tintas e pincéis imortalizam alguém ou algo.
Há aqueles que ouvem um som ecoar em suas mentes e, com seus instrumentos sonoros, talento extraordinário, transferem as mais belas melodias que possam um dia harmonizar, dando-nos prazeres indescritíveis durante uma audição.
E não posso faltar para com aquela espécie de artista, que diante palavras aparentemente frias, constroem as mais lindas poesias, dando asas a nossa imaginação, expressando de forma marcante e única, um sentimento, até então, íntimo.
Enfim; o ser humano possui, dentre os de sua espécie, alguns filhos diferenciados, que, com seus dons divinos, expressam as mais profundas emoções e comovem até os corações mais frios e impenetráveis.Assim é o nosso querido Tás; que se não fincou raízes às margens do nosso Rio do Carmo, leva em suas veias as águas escuras que ali correm; se não mais pisa nosso chão vermelho com os pés descalços, leva em sua pele o cardume que acompanha todo aquele que aqui possui sua origem; e se não presencia hoje nossas belas tempestades de poeira, nem por isso deixa de carregar os grãos deste espetáculo da natureza em sua alma repleta de saudades: Tenho certeza disso, amigo.
Olá Jeff!
ResponderExcluirO seu blog é de muito bom gosto e quero te dizer que gostei muito das fotos de nossa cidade.
Obs: Você tem sensibilidade para captar as imagens.
Deixo também o endereço do meu blog: http://adonai.blog.terra.com.br/
Obs2: Tive a liberdade de divulgar um de seus post no meu blog, espero que não se incomode.
Obrigado Renato! Fico muito feliz que tenha gostado de meu blog. Fora meu trabalho vocacional, a Fisioterapia, é no blog que gasto minhas horas de descanso. E é muito gratificante receber um comentário desta natureza. Muito me honra saber que esta divulgando minha criação (post) em seu blog. Abraço amigo e retribuirei com grande prazer a sua visita.
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