Pular para o conteúdo principal

Aos formandos de 2008

Aos formandos de 2008


A todos formandos, de toda diversidade de cursos que capacitam os estudantes de nosso país, parabéns pelo sonho, pelo esforço e pela realização.
Presenciei esta semana a um evento sublime; Uma formatura de pré-escolares e
fiquei boquiaberto. Não apenas pela minha filhinha que pertencia à turma dos formandos, mas por toda turma dela, por toda geração a qual ela pertence e pelo trabalho magnífico dos educadores na atualidade. Sei que nem tudo são flores na educação nacional, sei que existem numerosos problemas de ordem social, cultural, financeira, mas nada é perfeito e os exemplos de sucesso certamente inspiram a fuga do fracasso, portanto, miremos os acontecimentos positivos nesse momento, fiquemos neles por estes instantes focados.
Hoje se fala com muita naturalidade que a função dos novos mestres é mostrar que é possível “aprender se divertindo”. E como se divertem os pequeninos! E é nessa filosofia que se revela uma estratégia ousada da educação contemporânea, os alunos terminam o curso pré-escolar cheios de orgulho por ter aprendido divertindo-se. Em meu tempo a pré-escola servia para ambientar o aluno com as ferramentas de ensino, acostumá-lo ao convívio social e familiarizá-lo com o alfabeto e os algarismos árabes, mas não era tão prazeroso como pude ver atualmente ao acompanhar meus filhos.
O grupo de formandos não era grande, o palco era o anfiteatro de nosso centro cultural, montado com simplicidade, mas muito bom gosto, houve um momento solene, um juramento: fantástico, exemplo de compromisso com a pátria, com a família, com a sociedade, o qual os comprometidos com tal ato o fizeram com a seriedade inerente ao grande caráter, com a mesma seriedade entoaram o hino nacional: Mão esquerda no peito, brados, brados e brados a cada nota musical mais alta de nossa canção patriótica.
Na seqüência daquela noite surpreendentemente de gala, fomos convidados a assistir num telão montado ao lado do palco a um filme, e adivinhe: Uma produção ituveravense, atores e atrizes pré-escolares, uma encenação a céu aberto de um clássico infantil : O Mágico de OZ, minha nossa, aquele filme sem dúvida mostra a nós adultos que o potencial de quem vem vindo é infinito, assim como o nosso, porém se mal aproveitado, pode embotar, mofar, pode não resultar em alegrias, pode não resultar em benefícios aos detentores de tamanha capacidade.
Para os numerosos problemas de desenvolvimento educacional, fico com a frase de um Sr ituveravense, que sempre me causou impacto, ele dizia: “Jovem, o Brasil tem um potencial tão grande que independente de quem o governe, seremos dentro de duas a três décadas, a maior potência do mundo”. E isso meu amigo disse-me pela primeira vez há uma década passada.
Portanto se o futuro do país esta nas mãos dos formandos de 2008, o Brasil continua sendo uma jovem nação com um futuro brilhante pela frente, não pela imposição das armas, mas pelo talento de nossos oradores diplomatas, que desde a mais tenra escola já dão mostra de um potencial de infinitas possibilidades. Parabéns aos formandos de 2008.

Comentários

  1. Jefh,
    parabéns pela formatura de sua "pequenina"!
    Quero, em nome de tantos educadores, que como eu, acreditam no potencial de nossos "pequeninos GRANDES"... Adorei (como sempre) suas sábias palavras, apreciei seus elogios, e agradeço seu s solidário apoio à nossa causa! Apesar de vivenciarmos momentos críticos em relação à política educacional... Amo o que faço e principalmente, acredito no que faço e busco... Esses nossos "pequeninos GRANDES" nos surpreendem a cada momento e confesso sem constrangimento que é com eles que aprendo a cada convívio! E é me remetendo à infância que desvelo um novo saber "fazer", uma "nova" educadora... BJS carinhosos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente. É isso que o autor espera de você, leitor.

Postagens mais visitadas deste blog

Cartas a Tás (20 de 60)

Ituverava, 30 de junho de 2009 Aqui estamos, Tás. Eu e essa simpatia que é Lucília Junqueira de Almeida Prado, autora de mais de 65 livros publicados, capaz de recitar poemas de sua autoria compostos com cantigas de roça, bem como poemas de Cora Coralina, feito uma menina sobre o palco. Estive novamente na feira do livro, engoli meu orgulho de vez e abracei a causa. Fui lá não para vingar-me, com críticas sobre o fabuloso evento, nutridas por minha derrota no prêmio Cora Coralina, mas sim, para divulgar a campanha Cartas a Tás, que agora ganhou um slogan; “Restitua a cidadania do menino encardido que ficou famoso e apátrida”. Tás, você é de Ituverava e Ituverava é sua, irmão. Espero que aprove, meu mestre, pois para servir nesta batalha tive que ser um bom perdedor. E não é bom perder, isso aprendemos nos primeiros anos de existência, acho até que já nascemos com este instinto, pois quando uma criança toma por força algum objeto que por ventura esteja em nossa posse, qual menino não se

O Verbo Blogar

O Blog, á nossa maneira, á maneira do blogueiro amador, blogueiro por amor, não dá dinheiro; mas dá prazer. Isso sim. Quando bem trabalhado dá muito prazer. Quando elaboramos uma postagem nos percorre os sentidos uma onda de alegria. Somos tomados por uma euforia pueril. Tornamo-nos escritores ou escritoras que “parem” seus filhos; tornamo-nos editores; ou produtores; ou mesmo jornalistas, ainda que não o sejamos; tornamo-nos poetas e poetisas; contistas e cronistas; romancistas; críticos até. Queremos compartilhar o quanto antes aquilo que criamos. Criar é uma parte deliciosa do “blogar”; e blogar é a expressão máxima da democratização literária – e os profissionais que não façam caretas, pois, se somarmos todos os leitores de blog que há por aí divididos fraternalmente entre os milhões de blogs espalhados pelo grande mundo virtual, teremos mais leitores que Dan Brown e muitos clássicos adormecidos sob muitos quilos de poeira. Postar é tudo de bom! Quando recebemos comentários o praze

O Cavaleiro Da Triste Figura

Há algum tempo que conheci um descendente do Cavaleiro da Triste Figura. Certamente que era da família dos Quesada ou Quijada; sem dúvida que o era; se rijo de compleição, naquele momento, como fora seu ancestral, eu duvido; porém, certo que era seco de carnes, enxuto de rosto e triste; e como era triste a figura daquele cavaleiro que conhecí! Parecia imensamente distante dos dias de andanças, de aventuras e de bravuras; se é que algum dia honrou a tradição do legado do tio da Mancha. Assemelhava-se a perfeita imagem que se possa configurar do fim. O homem contava mais de 80 anos por aquela ocasião. Era um tipo longilíneo, de braços, pernas e tórax compridos, tal qual me pareceu e ficou gravada das gravuras a figura do Cavaleiro da Triste Figura. Seu rosto longo, de tão retas e verticais as linhas, parecia ter sido esculpido em madeira, entalhado. Um nariz longo descendo do meio de uns olhos pequenos postos sob umas sobrancelhas caídas e ralas, dando aí o ar de grande tristeza que me c